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CPI vota hoje convocação de governadores e prefeitos
Reportagem

CPI vota hoje convocação de governadores e prefeitos

| Senado | Comissão vota nesta quarta-feira a convocação de governadores e prefeitos e a reconvocação do ministro da Saúde Marcelo Queiroga e do ex, Eduardo Pazuello. Pauta da CPI tem 402 documentos
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COMISSÃO vota amanhã mais de 400 requerimentos (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)
Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado COMISSÃO vota amanhã mais de 400 requerimentos

A CPI da Covid vota hoje requerimentos de convocação de ao menos nove governadores de estado e 12 gestores municipais, entre prefeitos e ex-prefeitos. Ao todo, a comissão deve analisar e começar a votar 402 documentos, segundo informou o presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM).

Em coletiva depois do encerramento da sessão de ontem, que ouviu a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, o senador projetou as próximas semanas de apuração do grupo.

Até o dia 17, afirmou Aziz, a comissão deve ouvir o segundo escalão do Ministério da Saúde, representantes de farmacêuticas e presidentes da Fiocruz e do Instituto Butantã, além de especialistas no enfrentamento da doença. Governadores e prefeitos ou ex só devem ser ouvidos depois do dia 17 de junho.

Já interrogados pela CPI, o atual ministro da Saúde Marcelo Queiroga e o ex-titular da pasta, Eduardo Pazuello, devem ser reconvocados.

Prestes a completar um mês de funcionamento, a CPI investiga se houve omissão do Governo Federal no combate à pandemia de Covid e desvio de recursos federais repassados pela União a estados e municípios.

Questionado se havia cedido aos senadores governistas ao aceitar colocar em votação a convocação de governadores e prefeitos, Aziz disse que não.

"Lembrem que eu falei que tínhamos uma cronologia. Primeiro vamos ouvir os ministros, pessoas que estiveram envolvidas na saúde, vamos ouvir as empresas de vacinas. Ouvimos Wajngarten porque deu entrevista à 'Veja' e descobrimos que estava participando de negociação de vacina", respondeu o parlamentar.

Aziz se refere ao ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, que, numa declaração à revista, disse que havia incompetência do Ministério da Saúde na gestão de Eduardo Pazuello no que diz respeito às negociações para compra de vacina.

"Vamos encerrar com Butantã e Fiocruz", prosseguiu o presidente da CPI. "Semana que vem será Butantã e depois Fiocruz. Até o dia 17 temos uma agenda. A partir daí, vamos entrar em outras áreas, como estados. É o que o requerimento apensado manda fazer."

A CPI foi instalada a partir da aprovação de dois requerimentos: um de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que tinha como foco o Governo Federal, e outro de Eduardo Girão (Podemos-CE), voltado para estados e municípios.

Na coletiva, Aziz confirmou ainda que o critério para decidir que cidades ou estados serão alvo de convocação é a realização de operações da Polícia Federal desde o início da pandemia.

O senador também comentou o depoimento de Mayra Pinheiro à comissão ontem. De acordo com Aziz, "a estratégia dela" consistiu em "contar tecnicamente".

"Quando fala tecnicamente, só profissionais da saúde (para discutir). Mas o que chamou atenção", observou o senador, "é que ela desmentiu o ministro Pazuello".

 

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