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Com movimentação recorde em 2021, Pecém se prepara para BR do Mar
Reportagem

Com movimentação recorde em 2021, Pecém se prepara para BR do Mar

Investimentos.
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Sete produtos alimentícios, além de outros itens que o Brasil compra do Exterior, tiveram a alíquota de importação totalmente zeradas (Foto: TIAGO STILLE/ GOV. DO CEARÁ)
Foto: TIAGO STILLE/ GOV. DO CEARÁ Sete produtos alimentícios, além de outros itens que o Brasil compra do Exterior, tiveram a alíquota de importação totalmente zeradas

O principal porto do Estado, o do Pecém, que movimentou 22,4 milhões de toneladas em 2021 - 40,7% a mais do que em 2020 e cerca de 23,8% a mais que em 2019, último ano antes da pandemia-, deve ser também o mais beneficiado pela implantação das novas regras estabelecidas para a navegação de cabotagem pelo BR do Mar.

"Esse tipo de navegação é mais forte no Porto do Pecém. Então, é possível investir em mais rotas semanais ou até com frequência maior. Ela pode melhorar, consideravelmente, a questão do transporte de frutas. A gente pode ter aí algumas empresas sediadas em portos um pouco mais distantes que vão ter um olhar diferenciado com relação à redução dos custos com o frete de cabotagem", avalia Rômulo Holanda, analista de exportação da Frota Aduaneira.

Vale lembrar que, em 2021, somente na categoria melões, melancias e mamões foi exportado quase 200 mil toneladas pelo porto localizado em São Gonçalo do Amarante.

Para o gerente de Negócios Portuários do Complexo do Pecém, Raul Viana, o BR do Mar deve atrair mais empresas, incrementar a oferta e incentivar a concorrência, "aumentando assim, consideravelmente, a possibilidade de geração de novos postos de trabalho e de desenvolvimento da economia local".

Ele acrescenta que a parceria com o Porto de Roterdã, em formato joint venture, fortalece o complexo "para traçar qualquer planejamento que venha a ser necessário para acomodar uma maior movimentação de cargas."

"Caso ocorra um crescimento acentuado na movimentação de cargas, através da cabotagem, como prevê o Governo Federal, com certeza projetaremos novos investimentos no terminal portuário do Pecém, tanto na infraestrutura, como na supraestrutura que envolve equipamentos como os guindastes, no intuito de operar essa maior quantidade de contêineres e de cargas em geral", conclui Viana.

 

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