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Senac discute economia criativa para moda e design em evento online gratuito
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Senac discute economia criativa para moda e design em evento online gratuito

Com nomes da moda e do design, seminário - online e gratuito - promovido pelo Núcleo Nordeste do Senac discute possibilidades e tendências de atuação
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Estilista David Lee (único cearense na lista Under 30 da Forbes Brasil) integra último papo do seminário
 (Foto: Igor de Melo/ Divulgação)
Foto: Igor de Melo/ Divulgação Estilista David Lee (único cearense na lista Under 30 da Forbes Brasil) integra último papo do seminário

Com a proposta de ser totalmente online, adaptando-se aos novos tempos, de conectar sem fronteiras, em meio ainda a uma pandemia, Seminário de Economia Criativa proposto pelo Senac do Ceará será realizado nesta quarta, 28, durante um intensivo de trocas que se estenderá da manhã à noite. A inscrição é gratuita - até hoje (pelo link) -, e permitirá ter acesso a discussões que vão além de moda - perpassam também o design - dentro da economia criativa no Nordeste.

No time de profissionais convidados, a inciativa, que é parte do Plano Diretor de Moda, elaborado pelo Núcleo Nordeste do Senac, reúne grandes nomes, entre eles, o de Flavia Aranha - uma das estilistas da nova era, responsável por ecoar, de forma nacional, o sustentável e afetivo na moda. Sua voz se somará a de criativos que partem de diversas vivências, locais, inclusive. Após a abertura, agendada às 9h30min, a palestra com Allyson Reis, co-fundador e diretor criativo da Abracadabra, é um convite a refletir sobre "Como a cultura e o jeito de pensar do nordestino influenciam no processo criativo".

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"Ao longo dos últimos anos, tenho feito o exercício de olhar para dentro e para os lados. Reconhecer e me reconectar com a cultura local, sua riqueza estética e principalmente com o jeito de pensar do povo nordestino. Um pensamento ancestral e ao mesmo tempo moderno, de fazer muito com pouco, de acrescentar o simbólico ao simples, de colocar a alma no que faz. Vamos falar sobre essa sabedoria popular e como isso tem influenciado o meu processo criativo e de dezenas de outros colegas designers e seus objetos, móveis, joias e roupas", comenta Allyson.

Esse primeiro momento terá ainda a presença da consultora em Economia Criativa Cláudia Leitão. O bate-papo conduzido por ela será seguido, à tarde, por mais um tema: "A abordagem da moda na Economia Criativa", com Marina Colerato, editora-chefe do site Modefica e co-fundadora da agência de design e comunicação Futuramoda, e Giovanna Nader, co-fundadora do Projeto Gaveta e comunicadora digital. "A economia criativa é um grande motor do empreendedorismo", identifica a jornalista e fundadora da Juntas Colmeia Criativa, Clara Dourado, à frente do diálogo.

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"A economia é um ponto essencial dentro dos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU - da Agenda 2030 -, e eu acredito muito nessa potencialidade, quando unimos design, quando unimos o saber tradicional, também, desse artesanato, com as possiblidades tecnológicas", diz. "Além de Fortaleza ser uma Capital do design - uma acunha recebida recentemente, de 'Cidade do Design', pela Unesco -, temos um polo industrial muito forte na moda, fora toda a questão do artesanato, da renda de bilro, do crochê, da palha", justifica a importância do debate. "Ter uma moda mais sustentável, é essencial, porque a moda é uma das indústrias mais poluentes do mundo", Clara também vai reforçar. "Muito do impacto negativo social e ambiental, que acontece atualmente, no modo de produção dos produtos, são problemas que eles podem ser solucionados justamente na etapa de design", argumenta.

Às 20 horas o tema se desdobra em "Criatividade, design e sustentabilidade", um bate-papo com Flavia Aranha e David Lee, mediado pelo consultor do Plano Diretor de Moda Núcleo Nordeste, Eduardo Mota. "Vou trazer um pouco da trajetória da marca - criada em 2016 - como exemplo dessas reflexões que vemos fazendo nessa trajetória sobre panorama da moda atual e como é que a moda pode servir de agente de transformação", conta Flavia, a partir do que chama, como símbolo, de "roupa viva". "Como é que fomos conseguindo criar novos laços, para fomentar uma mudança sistêmica, que busca uma transformação na moda, mas, também, no nosso comportamento, na nossa consciência, na nossa maneira de consumir", que é também uma das preocupações de Lee.

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"Vamos compartilhar as vivências de cada um, estruturando por viés onde, às vezes, as tomadas de decisões são através de pensar o produto, pensar como que ele vai se manter com maior durabilidade, qualidade, e assinatura, não só as questões financeiras, e de matéria-prima, que, às vezes, norteiam alguns outros produtos", explica, com novas perspectivas. Além da marca homônima, David Lee empresta sua visão ao masculino da Água de Coco. "Então posso está falando também desse ponto de vista", acrescenta.

Seminário de Economia Criativa

Quando: 28/10, a partir das 9h30min

Transmissão: canal YouTube do Senac Ceará

Inscrições: gratuitas e exclusivas até hoje 27, pelo link


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