Logo O POVO+
Crustáceo da Chapada do Araripe viveu em ambientes salgado
CIDADES

Crustáceo da Chapada do Araripe viveu em ambientes salgado

Edição Impressa
Tipo Notícia

No livro Guia para Trabalhos de Campo em Paleontologia na Bacia do Araripe (2015), de Álamo Saraiva, Olga Barros, Renan Bantim e Flaviana Lima, há alguns registros sobre a produção científica em torno da investigação de fósseis de crustáceos. Em 1987 foi revelado o caranguejo Araripecarcinus ferreirai, pelo cientista Martins Neto, apontando para influência do ambiente maninho que existiu na Bacia do Araripe.
Também há fósseis de camarões descritos no Geopark Araripe. Caso dos Beurlenia araripensis (Martins Neto e Mezzalira, 1991), Paleomattea deliciosa (Maisey e Carvalho, 1995), Kellnerius jamacaruensis (Santana, Pinheiro, da Silva e Saraiva, 2013) e o Araripenaeus timidus (Pinheiro, Saraiva e Santana, 2014). Criaturas que viveram em áreas salgadas, doces ou híbridas.

Em 2016, os paleontólogos Allysson Pontes Pinheiro, da Universidade Regional do Cariri (Urca), e Willian Santana, da Universidade do Sagrado Coração (USC), de Bauru (SP), professor visitante da Urca, descobriram kingleya attenboroughi ou caranguejo do Araripe. O achado fugiu dos padrões da Bacia. O lugar, guardião de fósseis de animais, plantas e outras criaturas, trouxe à tona um bicho vivo e raro.

Um caranguejo de água doce, de um grupo amazônico, já descoberto em risco de extinção em dois riachos no município de Barbalha. As pesquisas podem apontar que, em algum momento do passado, a floresta Amazônica se estendeu até o que hoje conhecemos por Chapada do Araripe. (Demitri Túlio)


O que você achou desse conteúdo?