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Prisões por porte ilegal de arma têm maior queda já registrada no Ceará
Reportagem Especial

Prisões por porte ilegal de arma têm maior queda já registrada no Ceará

Em movimento inédito na história recente do Estado, o número de autos de prisão lavrados por conta deste crime caiu 42,4% nos primeiros sete meses do ano

Prisões por porte ilegal de arma têm maior queda já registrada no Ceará

Em movimento inédito na história recente do Estado, o número de autos de prisão lavrados por conta deste crime caiu 42,4% nos primeiros sete meses do ano
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O número de pessoas presas em flagrante por porte ilegal de arma de fogo no Ceará teve expressiva queda nos sete primeiros meses deste ano. Em movimento inédito na história recente, o número de autos de prisão lavrados por conta deste crime caiu de quase 2 mil entre janeiro e julho de 2018 para pouco mais de 1,1 mil no mesmo período de 2019, em queda de 42,4%.

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Foram 643 pessoas presas por porte ilegal de armas de uso permitido (autorizadas no Sistema Nacional de Armas) e 478 por porte de armas de uso restrito (aquelas só permitidas para uso das Forças Armadas e casos especiais). A queda chama atenção pois não ocorreu nem mesmo em anos onde houve expressiva redução nos índices de violência do Estado.

Confira evolução dos números e principais acontecimentos na segurança pública durante o período:

Em 2015, por exemplo, o número de homicídios caiu de 4.439 para 4.019, queda de mais de 9% com relação a 2014. A redução não se refletiu no número de prisões por porte de arma, que se manteve estável e ficou em quase 1,7 mil casos no ano. O mesmo vale para 2018, que registrou queda de 11% nos homicídios.

Os dados foram obtidos pelo O POVO Online através de pedido feito pela Lei de Acesso à Informação (LAI). Caso siga no mesmo ritmo, o Ceará pode fechar o ano com 1.879 casos, patamar inédito desde a posse do governador Camilo Santana (PT), em 2015.

Análise do governo

Segundo o secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), delegado André Costa, a redução pode ser atribuída ao trabalho que a pasta vem fazendo com interceptações de armamentos ilegais. “O Estado vinha, desde 2017, aumentando o número de apreensões de armas de fogo. Em 2018, o número foi ainda maior”, afirma.

“É fruto também do controle dentro dos presídios, já que muitos chefes de grupos criminosos que estão presos detinham recursos e contatos com pessoas de fora. Portanto, a restrição na comunicação dentro das unidades do sistema penitenciário causa uma dificuldade nessas negociações”, avalia, destacando que as ações reduziram a “oferta” de armas no Estado.

 

 
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