Em 2021, o mundo entrou na Década da Restauração dos Ecossistemas, junto com a Década do Oceano.
No Ceará, a união entre as décadas é personificada pelos manguezais, áreas de transição entre terra e mar.
Os manguezais ocupam cerca de 25 mil km² do Brasil; equivalente a + de 12% da floresta de mangue mundial.
Com um cheirinho um pouco forte e raízes à mostra, o manguezal é um berçário para peixes e outros animais.
Além disso, é fonte de alimento para os humanos, já que abrigam muitos peixes, moluscos e crustáceos.
Assim, os mangues (árvores com raiz comprida) produzem 95% dos alimentos marinhos capturados pelo humano.
E tem mais! Eles impedem a erosão, já que a vegetação dos mangues fixa as terras.
Sem contar que as raízes do mangue são gigantescos filtros, retendo os sedimentos da água.
Por isso, o ecossistema é considerado, pelo art. 225 da Constituição Federal, como de preservação permanente.
Outras leis também garantem a proteção, por ex: Código Florestal e Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro.
Em Fortaleza, o EcoMuseu do Mangue é uma das instituições voltadas à preservação do ecossistema.
Lá, o manguezal é chamado de "Mãe", justamente por ser ponto de reprodução e crescimento de espécies.
Gostou? Que tal conhecer outros ecossistemas de Fortaleza?
Catalina Leite / Fátima Sudário
Portal de Ecologia Aquática, USP
Demitri Túlio, Projeto Tamar, Mateus Dantas, Atlas dos Manguezais,Jonathan Wilkins, Museu do Mangue, Thais Mesquita e Júlio Caesar