Envelhecer é um tabu. Para a sociedade, ficar velho é indesejável e assustador.
Para muitos, é sinônimo de dependência e decadência, de perda de vida e de consciência.
Não à toa, o mercado vende mil e uma fórmulas para não envelhecer.
São produtos faciais para combater as rugas, tintas para combater os cabelos brancos…
Tudo para simular uma idade que nunca avança, nunca "fragiliza".
Mas será que envelhecer é, obrigatoriamente, fragilizar? Perder saúde?
É uma pergunta complexa: a OMS até chegou a sugerir o envelhecimento como uma doença.
Ao mesmo tempo, a OMS também promove a Década do Envelhecimento Saudável (2021 - 2030).
Envelhecimento saudável significaria otimizar habilidades e oportunidades para manter…
… uma boa saúde física e mental entre os idosos, garantindo independência e qualidade de vida.
Ou seja: é promover vida durante o envelhecer, com dignidade e sem preconceitos.
Mas alcançar o envelhecimento saudável não depende só de fazer exercícios físicos e mentais.
É também ter ambientes acessíveis e de acolhimento, espaços para lazer e socialização;
Ter políticas públicas para saúde e educação focadas na terceira idade;
E até melhorar o monitoramento e pesquisas sobre o envelhecimento.
Existe até o conceito de cidades amigas das pessoas idosas. Ou seja, locais onde…
… idosos sejam incluídos e tenham oportunidade de convívio, contribuição e preservação da saúde.
Por enquanto, apenas São Paulo e Paraná têm municípios incluídos na rede de cidades amigas BR.
Ainda temos muito a melhorar, mas o primeiro passo é claro: abraçar o envelhecimento!
Catalina Leite
Fátima Sudário
Tenor
Paho: Envelhecimento saudável Ministério da Saúde: Envelhecimento saudável
Paho: Década do Envelhecimento Saudável nas Américas (2021 - 2030) Paho: Cidades e comunidades amigas das pessoas idosas