Em 1899, a cearense Emília Freitas faz história ao publicar a primeira ficção científica do Brasil.
A Rainha do Ignoto é descrito pela autora como "romance psicológico", também considerado do gênero fantástico.
A trama aborda uma sociedade secreta de mulheres livres que usam a inteligência e magia para salvar os fracos.
O livro mistura regionalidade cearense e aspectos políticos do séc. XIX, nos quais Emília era bem posicionada.
Emília era abolicionista e participava da Sociedade das Cearenses Libertadoras, presidida por Maria Tomásia Lima.
A escritora publicava nos jornais cearenses O Libertador, O Cearense, O Lyrio e A Brisa. Também publicou na região Norte.
A Rainha do Ignoto também é feminista: nela, mulheres eram livres e podiam ser advogadas, cientistas e generais.
Vale lembrar que Emília era bem estudada e conhecia a cultura europeia, além da cultura cearense e nortista.
É uma miscelânea cultural. Ela era vanguarda" Cecília Cunha Doutora em Literatura Feminina no século XIX
É uma miscelânea cultural. Ela era vanguarda"
Ao lado de Francisca Clotilde e Úrsula Garcia, Emília compõe a riqueza autoral cearense, ainda pouco reconhecida.
Aliás, essa não é Emília Freitas. A foto é erroneamente atribuída à escritora - ela tinha falecido 7 anos antes.
Conheça outras mulheres cearenses que marcaram a história
Catalina Leite
Fátima Sudário e Regina Ribeiro
Typographia Universal, Editora Mulher, EX! Editora, Editora 106, Editora Minna, jornal O Libertador, Edward Willis Redfield e revista A Estrela