Ah, que beleza! Finalmente chegou a hora de desfrutar das tão sonhadas e merecidas férias...
Tempo para se dedicar a algo diferente com liberdade e sem cobranças, ou mesmo ficar sem fazer nada...
Seja para quem estuda ou trabalha, ter momentos de descanso é fundamental.
De cuca fresca, todo mundo volta melhor para aprender e continuar a produzir de maneira saudável.
Mas nem sempre foi assim! Só no desenrolar da cultura e com muita luta é que férias viraram direito.
"Férias" tem origem no latim "feriae" (dias de descanso), conceito que deriva do calendário romano.
"Feria" ajudou a batizar os dias da semana como conhecemos: Prima Feria, Secunda Feria, Tertia Feria...
Com a ascensão do cristianismo, a ideia de guardar dias da semana foi ainda mais disseminada.
Até aí, tradições religiosas tiravam o dia para reflexão, mas períodos extensos de folga não eram comuns.
Ter o fim de semana, inclusive, dois dias de ócio, veio apenas com o fim da economia das lavouras.
No Brasil, foi somente a partir de 1925 que passou a existir um dispositivo legal nesse sentido.
Um decreto obrigava a concessão de 15 dias por ano (não 30, como é hoje) a empregados do setor privado.
Antes disso, somente algumas empresas, por decisão própria, concediam o benefício aos trabalhadores.
Em outros países as férias surgiram bem antes — a Dinamarca foi a primeira nação a ter, em 1821.
O conceito foi difundido globalmente com a criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Na legislação, brasileiros tiveram o direito de gozar desse recesso em 1934, no governo Getúlio Vargas.
A classe trabalhadora fez greve para conseguir o descanso anual e melhores condições de trabalho.
Além de férias, foram garantidos direitos como salário mínimo e jornada de trabalho de 8 horas diárias.
Já na Constituição, em 1943 as férias foram ampliadas para 30 dias por ano, seguidos ou fracionados.
E aí, gostou de conhecer um pouco mais sobre essa história? Então, boas férias e aproveite o descanso!
Karyne Lane
Fátima Sudário
Giphy | Tenor