A última eleição presidencial francesa será lembrada como histórica por muitas razões…
Macron é o primeiro presidente francês a ser reeleito em 20 anos.
Mas, ao mesmo tempo, o processo teve a segunda menor participação popular nas urnas da história.
O "jovem" centrista pode ter chegado à presidência uma 2ª vez, mas sob diferentes circunstâncias daquelas de 2017.
Apesar dos 58% de votos, contra os 42% de Marine Le Pen, Macron não está seguro pelos próximos 5 anos.
Um de seus maiores desafios será governar uma França muito dividida.
Muitos escolheram Macron por rejeitar o extremismo da direitista Le Pen, ou do esquerdista Jean-Luc Mélenchon…
O que significa que sua base de apoiadores não é tão grande quanto os números do segundo turno indicam.
As eleições parlamentares de junho serão decisivas para o seu governo.
Sem maioria na casa, e com um possível primeiro ministro opositor, será difícil implementar suas propostas.
O elevado custo de vida, alta dívida pública e polêmica reforma na previdência são outros dos desafios franceses.
Com guerra no continente europeu, Macron precisará equilibrar uma agenda cada vez mais exigente.
Sendo a França membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, membro fundador da OTAN e UE…
…Ele terá que preencher o local deixado por Angela Merkel (Alemanha) na liderança da Europa.
A vitória foi celebrada por outros líderes e por organizações internacionais, como a própria União Europeia.
Franceses e estrangeiros esperam bons frutos do seu discurso mais humano e contra valores autocráticos.
Macron tem águas turbulentas à frente, mas afinal, para qual presidente francês foi diferente?
Sarah Melo / Especial para O POVO
Regina Ribeiro | João Marcelo Sena | Catalina Leite
AFP: Jiji, Nicolas Tucat, Thomas Samson, Jeff Pachoud, John MacDougall, Tolga Akmen / AP: Ludovic Marin, Rafael Yaghobzadeh
Reprodução Ghislain Mariette, Présidence de la Pépublique/ Reprodução CNN