O assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips trouxe à tona não só os conflitos históricos…
…mas também a memória da luta de alguns homens e mulheres que deram suas vidas em defesa do meio ambiente:
Chico Mendes foi um ativista pró-reforma agrária. Fundou a 1ª reserva extrativista do Brasil
Em 1988 ele foi condecorado pela ONU e ficou conhecido como "o herói da floresta" no mundo todo
Após muitas ameaças, Chico Mendes foi assassinado por grileiros no mesmo ano
Como legado, Chico Mendes deixou as Reservas Extrativistas, como a da Prainha de Canto Verde, aqui no CE...
…que são áreas de floresta protegida por lei, cedida a populações tradicionais com uso sustentável dos recursos.
Outra figura foi a americana Dorothy Stang. Ela chegou ao Brasil em 66 e atuou na Comissão Pastoral da Terra…
…e na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dedicou-se a defender o direito dos camponeses…
…e a projetos de proteção da floresta, agindo junto à população e ao governo para geração de emprego
Em 2005, aos 73 anos, a missionária foi alvo de uma emboscada no Pará, a mando de fazendeiros e madeireiros
A irmã Dorothy criou dois Projetos de Desenvolvimento Sustentável que existem até hoje no Pará
Um PDS é um assentamento com parte das terras destinadas à agricultura e o restante à proteção da mata.
Aqui no Ceará, temos o ativista José Maria Filho (Zé Maria do Tomé). Ele foi morto em 2010 no Limoeiro do Norte
Assassinado a mando de um agroempresário, ele denunciou os efeitos da pulverização aérea de agrotóxicos…
… como a contaminação de água potável da população e inúmeras mortes por câncer e outras doenças.
Luta considerada inédita no Brasil, que teve repercussão internacional ao banir a pulverização aérea de agrotóxicos.
Infelizmente, o nº de assassinatos no campo e na Amazônia só tende a aumentar. O recorde da década já foi batido:
Mas as vozes dessas pessoas e de outras mais que vão surgir nunca serão silenciadas!
Flávia Oliveira
Fátima Sudário
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