O Irã vive ondas de protestos liderados por meninas e mulheres desde o final de setembro deste ano.
Tudo começou com o assassinato da jovem Mahsa Amini. Com 22 anos, foi presa por "uso inadequado" do hijab.
O hijab é o véu islâmico. No Irã, o governo autoritário obriga o uso do véu e prendeu Mahsa por uma mecha de cabelo.
Ela foi presa e agredida pelos policiais. Morreu na cidade curda de Teerã.
Desde então, as iranianas rebelaram-se contra o governo. Indignadas pelo assassinato de Mahsa, meninas…
… e mulheres foram às ruas protestar. Arrancaram os véus e os queimaram.
Algumas cortaram o cabelo, outras rasparam a cabeça.
A repressão tem sido violenta. O acesso à internet foi bloqueado para impedir a comunicação.
Pelo menos 154 pessoas já foram mortas pela polícia, de acordo com a ONG Iran Human Rights.
Entre elas, mulheres e jovens. Presas, desaparecidas, agredidas. Depois "encontradas" mortas pela polícia…
… que não permite às famílias fazerem o enterro nem ficar com os corpos das vítimas.
As jovens iranianas seguem resistindo, com o grito "zan, zendegi, azadi", ("mulher, vida, liberdade").
Catalina Leite
Fátima Sudário
AFP | Arquivo pessoal
BBC - As histórias de jovens mortas nas manifestações por liberdade e contra o véu no Irã
Correio Braziliense - Estrelas do cinema francês cortam cabelos em apoio às mulheres do Irã