Dermeval Carneiro
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A NOSSA AMIGA LUA

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Caros amigos leitores, hoje vamos conhecer mais sobre um astro da mais alta importância para a vida na Terra: "A nossa amiga Lua". Desde as primeiras séries do ensino fundamental aprendemos que a Lua é o satélite natural da Terra. Esse astro pode ser considerado um satélite da Terra sim, mas efetivamente a Terra e a Lua formam um sistema binário de corpos celestes, conhecido como o sistema Terra-Lua. Isso porque a Lua não gira em torno do centro da Terra como muitos pensam. Os dois corpos, sistema Terra-Lua, giram em torno de um centro de gravidade comum conhecido como baricentro que está situado a aproximadamente 1.700 quilômetros abaixo da superfície da Terra.

Mensalmente a Lua se aproxima e se afasta da Terra. No ponto mais próximo, chamado de perigeu, a Lua fica a aproximadamente 364.397 quilômetros da Terra. Já no ponto mais afastado, chamado de apogeu, a Lua se encontra a aproximadamente 406.731 quilômetros de nós.

A Lua possui dezenas de movimentos, um deles, o movimento em torno da Terra, dura em média 29 dias e meio e é sincronizado com um outro movimento lunar - o movimento da Lua em torno do seu próprio eixo. Por isso, devido a essa condição geométrica, nós aqui na Terra só vemos uma face, jamais veremos o outro lado da Lua. Esse período de aproximadamente 29 dias e meio, é chamado de lunação, mês lunar ou mês sinódico.

Muito embora ainda existam nos dias atuais, não é admissível pessoas acreditarem que a Lua pode influenciar nossas vidas, provendo sucesso, gerando sorte ou azar, ou ainda associar a Lua a histórias de medo e terror.

Um dos mitos mais populares relaciona a Lua Cheia com a loucura e licantropia (palavra que vulgarmente usamos como "aparição de lobisomens"). Segundo a crendice, nas noites de Lua Cheia, pessoas que foram "amaldiçoadas" transformam-se em lobisomens, e outras que sofrem com distúrbios mentais ficam mais agitadas e até mesmo violentas, podendo cometer atos de agressão e vandalismo nessa fase da Lua.

Além desses mitos, existem outras crendices que não tratam de medo e terror. É inaceitável que nos dias atuais ainda existam pessoas acreditando que as fases da Lua influenciam no corte de cabelo, dietas para emagrecimento, dia bom para viajar e outras fábulas.

Na mitologia, o mestre Rubens de Azevedo, que era selenógrafo (estudioso sobre a Lua), nos conta no seu livro No Mundo da Estelândia (Editora do Brasil, 1968):

"Artêmis - que os romanos chamavam de Diana, mas que teve outros nomes, como Hécade, Febe, Lucina ou Cíntia - era filha de Zeus e de Latona, e irmã de Apolo. Nasceu em Delos e dizem que, testemunha das dores maternais de Latona, ficou com a mais profunda aversão à maternidade. Pediu e obteve dos deuses o favor de guardar uma virgindade perpétua, tal qual sua irmã Atena. Zeus deu-lhe de presente um belo arco e um carcás de flechas douradas e nomeou-a rainha dos bosques. Deu-lhe, como cortejo, um grupo de sessenta ninfas - as Oceanias e mais outras vinte - as Ásias. Diana exigia dessas jovens absoluta e inviolável castidade... Na Terra ela é Diana ou Artêmis; no céu, Lua ou Febe; nos infernos, Hécate."

O que de fato sabemos é que a mais simples pesquisa científica pode concluir que não há comprovação científica da influência das fases da Lua nos seres humanos. Por outro lado, a Lua exerce forte influência gravitacional sobre a Terra, pois mantém o equilíbrio do eixo terrestre, influenciando clima e os mais variados fenômenos.

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