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Vacinação de pessoas em situação de rua chega a 77% do público-alvo em Fortaleza

A proporção de pessoas em situação de rua vacinadas na Capital pode ser ainda menor, pois os dados utilizados para contabilizar o grupo são de 2015
22:43 | Ago. 04, 2021
Autor - Gabriel Borges
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A Capital cearense segue avançando no processo de vacinação. Até essa quarta-feira, 4, mais de 593 mil pessoas estão com a imunização completa contra a Covid-19. Entretanto, apesar da busca por celeridade, a meta ainda não foi concluída em um dos grupos prioritários: as pessoas em situação de rua. A Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria da Saúde (SMS), informou que até essa terça-feira, 3, 1.336 pessoas em situação de rua foram contempladas com pelo menos uma das duas doses dos imunizantes disponíveis, ou seja, 77,7% da meta estabelecida. O objetivo da campanha é alcançar 1.718 pessoas pertencentes a este grupo.

No dia 31 de maio de 2021, o prefeito José Sarto (PDT) chegou a anunciar que a Prefeitura pretendia concluir a vacinação, de D1, de alguns grupos até o fim daquela semana, ou seja, dia 5 de junho. Dentre os contemplados, estariam as pessoas em situação de rua. A meta do grupo, de acordo com a SMS, é baseada no número de vacinados contra a gripe em 2019. Porém, o último levantamento do número de pessoas em situação de rua na Cidade é de 2015.

Em estudos concluídos durante o ano de 2020, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) alertou que a propagação da pandemia aumentou a vulnerabilidade de quem vive na rua. De acordo com as pesquisas do Ipea, a população em situação de rua apresentou um crescimento de 140% no Brasil, entre 2012 e março de 2020, chegando a superar a marca de 221 mil brasileiros.

São nas ruas do Centro da Capital onde encontramos boa parte dessas pessoas em situação de rua. Esquecidas pela sociedade, elas lutam diariamente para conseguir o mínimo para sobreviver. É o caso de Janildo de Aquino, 32, que se aproximou da equipe do O POVO para pedir algumas moedas. Durante a conversa, ele relatou ter conhecimento do andamento do processo de vacinação. "A Prefeitura veio aqui, falaram que a vacinação acontecia no Centro Pop. Tive apoio da assistente social e, graças a Deus, já tomei a primeira dose", contou.

O conhecimento demonstrado por Janildo não é uma constante entre seus companheiros. Assis Lima, 35, diz que optou por não ser imunizado. "Já teve gente que se vacinou, mas eu não fui atendido. Eu não quero ir. Quem quer, 'tá' conseguindo", disse.

Há ainda quem desconheça o procedimento para receber os imunizantes. "Estou procurando saber como funciona. Não me falaram nada, 'tô' doido pra tomar essa vacina logo. Sei que o pessoal aqui da praça já tomou, mas eu não estava aqui", contou Wilton Pereira, 36, que acredita que a imunização poderá ajudá-lo a encontrar um emprego.

Já Francisco Damião, 37, explicou que chegou a realizar o cadastro para receber o imunizante, mas não sabia o que deve fazer em seguida. "Ninguém sabe me dizer onde eu devo ir. Cheguei a fazer meu cadastro no albergue social, mas até agora não deu em nada", lamentou.

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Durante o último dia do mês de maio e os primeiros do mês de junho, um mutirão de emissão de documentos da população em situação de rua foi realizado, com o objetivo de colaborar com o processo de vacinação do grupo. O mutirão contou com atendimentos da Defensoria Pública Geral do Estado do Ceará (DPCE), além da aplicação de vacinas.

De acordo com a Defensoria, 29 pessoas em situação de rua foram atendidas nos três dias de mutirão para emissão de registro civil. A ação contemplou cinco pontos da Capital: Centro, Poço da Draga, Parque Bisão, Jacarecanga e Papicu. Conforme o Plano Nacional de Imunização (PNI), a apresentação de RG é obrigatória para o recebimento de imunizantes contra a Covid-19.

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Subnotificação de pessoas nas ruas

Como o último levantamento foi divulgado em 2015, o número de pessoas em situação de rua pode ser ainda maior do que o estimado pela Secretaria da Saúde como meta de vacinação. A pesquisa censitária executada pelo Centro de Treinamento e Desenvolvimento da Universidade Federal de Fortaleza (Cetrede) identificou 1.718 pessoas em situação de rua durante o ano de 2014. Entretanto, outros números podem servir de indícios para o agravamento da situação.

De acordo com a Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), em 2019, o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop) realizou 180.399 atendimentos. Em 2020, foram 263.485. Apenas no primeiro semestre deste ano, 195.657 atendimentos foram realizados, e o número já supera todo o ano de 2019, além de representar 74% de todos os atendimentos de 2020.

Márcia Nogueira, da Coordenadoria Integrada da Assistência Social da SDHDS, explica que a confirmação do aumento de pessoas em situação de rua só poderá ser constatada após a divulgação de um novo censo. "Não podemos dar números exatos. Isso só é possível com o censo, que está sendo realizado. O fato é que mais pessoas estão procurando os equipamentos da Prefeitura de Fortaleza, por meio da SDHDS, que atendem a população em situação de rua", explica.

A SDHDS informou que a primeira etapa de contagem da população de rua já foi realizada em 2021. Uma segunda etapa será realizada durante o segundo semestre. A SMS respondeu ainda, em nota ao O POVO, que continua realizando busca ativa do público para vacinação contra a Covid-19, através de parceria com a SDHDS, além de outras instituições que acolhem essas pessoas.

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Colaborou Leonardo Maia

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Sarto regulamenta lei que proíbe fogos de artifício barulhentos em Fortaleza

Sancionada em julho
07:30 | Ago. 05, 2021
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O prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), assinou decreto regulamentando a lei nº 11.140, que proíbe o uso de fogos de artifício barulhentos na Capital. A publicação no Diário Oficial ocorre ainda nesta quarta-feira, 4.

A lei, de autoria da vereadora Larissa Gaspar (PT), foi aprovada pela Câmara Municipal de Fortaleza, e sancionada por Sarto em julho. O decreto determina critérios, condições e procedimentos para apuração de infrações e aplicação da lei e penalidades em eventual descumprimento. O texto fixou a multa de 38 Unidades Fiscais de Referência (UFIRs) para pessoas físicas e de 190 UFIRs para pessoas jurídicas; o equivalente a R$ 180 e R$890, respectivamente.

Nas redes sociais, o prefeito destacou que a iniciativa é voltada para o bem-estar da população e dos animais. “Há inúmeros relatos e também pesquisas sobre o barulho ocasionado pelos fogos de artifício, que causa estresse e outros prejuízos a pessoas enfermas, idosos, bebês e pessoas com autismo. Existe ainda um potencial nocivo para os animais. Com a lei, passam a ser usados fogos de artifício silenciosos, com efeitos visuais”, escreveu.

Como define o decreto, a proibição prevista na lei nº 11.140 abrange quaisquer fogos de artifício ou explosivos com estampidos, incluindo morteiros, bombas, fogos de artifício com estouro ou estampido, foguetes com flecha de apito e qualquer artefato que cause barulho.

Com isso, ficam permitidos apenas os chamados “fogos de vista”, que produzem somente efeitos visuais, sem nenhum tipo de ruído. A exceção se dá apenas para dispositivos de uso moral e sonoro utilizados pela polícia, agentes de segurança e demais casos autorizados por legislação específica.

O decreto prevê os requisitos que devem constar no auto de infração, para casos de descumprimento da lei, e detalha ainda como deve ocorrer a intimação do infrator, que terá prazo de dez dias úteis para apresentar sua defesa. A fiscalização ficará a cargo da Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis), que será responsável também pela aplicação de penalidades e medidas administrativas cabíveis.

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PM impede assalto a ônibus em Fortaleza; três suspeitos foram capturados

Cidade dos Funcionários
07:00 | Ago. 05, 2021
Autor Marília Serpa
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Por volta das 7 horas desta quarta-feira, 4, três pessoas foram pegas em flagrante quando assaltavam passageiros de um coletivo no bairro Cidade dos Funcionários, em Fortaleza. Os suspeitos são dois adultos e um adolescente, que foram interrompidos pela Polícia Militar do Ceará (PMCE). Os agentes estavam de serviço nas proximidades da avenida Oliveira Paiva, quando foram informados por pedestres sobre um roubo em andamento em um ônibus.

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De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), os policiais viram os passageiros sinalizando, de dentro do ônibus, o assalto. A equipe abordou o veículo e os três suspeitos saíram em fuga. Um deles, identificado depois como menor de idade, chegou a apontar uma arma para a polícia, e houve troca de tiros. O adolescente ficou ferido e foi socorrido em seguida.

Os outros dois envolvidos também foram capturados. Francisco Diego Vasconcelos Alves, 23, possui antecedentes criminais por lesão corporal, ameaça, furto, roubo, receptação, corrupção de menores, porte ilegal de arma de fogo e violência doméstica. Já Paulo Henrique Diniz da Silva, 19, tem antecedentes criminais por roubo, corrupção de menores e tráfico de drogas.

Foi instaurado procedimento na Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) pela apreensão do menor, enquanto os adultos foram autuados por roubo e corrupção de menores. A polícia não divulgou se foi lavrado ato infracional contra o adolescente.

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Em meio a movimento cearense, Flamengo consegue liminar para ter público na Série A

Volta da torcida
00:30 | Ago. 05, 2021
Autor Afonso Ribeiro
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Clube brasileiro mais ativo no movimento pelo retorno do público aos estádios de futebol em meio à pandemia de Covid-19, o Flamengo-RJ deu mais um passo ontem e teve êxito: o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) concedeu liminar que permite a presença de torcedores em jogos do clube como mandante nas competições organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que replicou em nota oficial.

O êxito (parcial) do Rubro-Negro ocorre em meio à mobilização dos clubes cearenses pela volta da torcida à Arena Castelão. Ceará, Fortaleza e Federação Cearense de Futebol (FCF) encaminharam protocolo ao Governo do Estado que solicita a liberação de 40% de público no Gigante da Boa Vista, conforme antecipou O POVO. Os requisitos seriam imunização completa pela vacina — duas doses ou dose única, no caso da Janssen — ou teste PCR para Covid-19 em até 48 horas antes do jogo.

No caso do clube carioca, o presidente da Corte, Otávio Noronha, deferiu a liminar desde que se respeite "a presença máxima estabelecida" e "cumpridas todas exigências da Secretaria de Saúde e Autoridades Sanitárias locais". A Prefeitura do Rio de Janeiro já havia liberado 10% de público nas finais da Copa Libertadores, em janeiro, e da Copa América, em julho.

Ainda sem aval para receber torcedores no Maracanã, o Flamengo-RJ recorreu a Brasília em jogos da Libertadores — a Conmebol autorizou partidas com público. No mês passado, recebeu cerca de 6 mil torcedores diante do Defensa y Justicia, da Argentina, pelas oitavas de final. No próximo dia 18, atuará novamente no Mané Garrincha, contra o Olímpia, do Paraguai, e poderá ter até 20 mil pessoas nas arquibancadas.

Ao contrário da entidade sul-americana, a CBF ainda não liberou o retorno de torcedores nas competições nacionais — apesar de planejar fazê-lo a partir das quartas de final da Copa do Brasil. Após a liminar favorável ao Flamengo-RJ, a entidade afirmou que o pedido e a decisão "contrariam deliberação tomada pelos clubes em reunião do Conselho Técnico da Série A", na qual se "vedou a presença de público nos estádios até nova apreciação do assunto".

A CBF pondera que a nova discussão com as agremiações "ocorreria com a melhora dos índices epidemiológicos nas cidades-sede dos clubes participantes e desde que aprovado pelas autoridades sanitárias locais, em quantidade que garantisse a manutenção do equilíbrio técnico da competição".

Por fim, a Confederação destaca que a comissão médica formada em 2020 "desenvolveu protocolo específico para o retorno do público aos estádios, com projeto piloto a ser implantado a partir das quartas de final da Copa do Brasil" e que "qualquer partida realizada com público em desconformidade com tal planejamento inspira grande preocupação".

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Banda cearense de reggae OutraGalera lança álbum de estreia nesta sexta, 6

Música
00:30 | Ago. 05, 2021
Autor Miguel Araujo
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Em 2020, o Prêmio Dynamite de Música Independente viu entre os indicados às suas 19 categorias 14 nomes da música cearense. Rock, punk e heavy metal foram alguns dos gêneros musicais contemplados com artistas locais. Outra vertente também teve representantes do Ceará: o reggae. Com a faixa “Dub da Tapioca”, em uma versão ainda caseira, a banda de reggae OutraGalera marcou seu nome nas indicações do prêmio. Nesta sexta-feira, 6, o grupo lança “Original Fortal”, seu álbum de estreia, explorando elementos da cultura jamaicana, da urbanidade de Fortaleza e levantando discussões fora das centralidades na Capital.

O disco será lançado após mais de um ano e meio do início das gravações. Caiô (vocal), Agno Cesar (teclado e trompete), Glauber Alves (baixo) e Beto Gibbs (bateria) se reuniram no início do ano passado para desenvolver o álbum. De maneira colaborativa e independente, começaram o processo com as gravações das bases instrumentais e esperavam lançar o trabalho final em julho de 2020, mas a pandemia atrasou o planejamento e precisaram dar uma pausa nas etapas. Em abril deste ano foi publicado o videoclipe oficial de “Dub da Tapioca”, dirigido pelo artista Fluxo Marginal. Neste fim de semana “Original Fortal” será conhecido na íntegra pelo público.

Com dez faixas, o álbum reúne composições com influências da música reggae, da vertente dub e do hip hop e traz influência da cultura urbana de Fortaleza. No trabalho, são incorporados também “elementos periféricos” ao se explorar o reggae e o rap. A imersão na cultura jamaicana para Caiô o acompanha há bastante tempo, pois parte de sua família tinha o hábito de consumir músicas do gênero.

“Existe uma relação bem próxima com o ritmo. Eu comecei a compor muito novo e havia uma relação intuitiva, mas por volta de 2012 eu comecei a me desenvolver e a pesquisar mais. É um ritmo que marca muito Fortaleza. Existe uma ligação com a Jamaica, a juventude consome muito esses espaços onde a galera vai para escutar reggae. Então, a influência vem de tudo isso, desse corpo periférico que se encontra para o lazer”, destaca o vocalista.

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As músicas do “Original Fortal” tratam de “indivíduos negros e periféricos” e também de espaços da Capital, contemplando aqueles que “veem uma Fortaleza não só pela ótica centralizada”. Há também um “percurso visual a partir da lírica” na linguagem do álbum. Na faixa “Dobaba”, por exemplo, é possível perceber citações à Praia de Iracema, ao bairro do Pirambu e à Avenida Leste-Oeste.

“É como se nós estívessemos criando uma linguagem inteira para falar sobre Fortaleza, dessa geração de jovens da periferia, negros e não-brancos. Essa galera está sendo representada não só em corpo físico ou no visual da cidade, mas também nos lugares que nós frequentamos e costumamos compartilhar nossas vibes”, acrescenta Caiô.

Na trajetória da banda também são inseridas influências de elementos culturais do Nordeste: “Existe muita influência de coisas daqui, do forró e de elementos da cultura popular. Nós tentamos explorar isso não só de maneira musical, mas também no trabalho visual. É a música jamaicana com coisas da cultura pop”, afirma Caiô.

É possível encontrar referências a elementos locais na faixa “Dub da Tapioca”, por exemplo, que menciona o carro da tapioca. “É algo que pode parecer pequeno, mas isso regionaliza algo maior, um gênero que é escutado no mundo todo. Então, nós tentamos trabalhar essas regionalidades e universalidades dentro da nossa música”, acrescenta.

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O nome do trabalho que será lançado nesta sexta-feira tem inspiração em um “bordão” frequentemente visto em músicas de reggae: o termo “Original”. Aliando a sonoridade do álbum já “voltada para música jamaicana” com uma outra palavra que tem sido bastante usada por jovens de Fortaleza (ou melhor, “Fortal”), a banda consegue introduzir seu desejo de falar sobre o cotidiano da Capital e da relação com os espaços urbanos e de unir referências da linguagem do reggae com a de Fortaleza.

A banda de reggae cearense OutraGalera é formada por Caiô, Agno Cesar, Glauber Alves e Beto Gibbs (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação A banda de reggae cearense OutraGalera é formada por Caiô, Agno Cesar, Glauber Alves e Beto Gibbs

O álbum de estreia da banda conta também com participações de outros artistas. Entre as parcerias está a da cantora Luiza Nobel, que compartilha vocais com Caiô na faixa “Dub da Vovó”. Na música “Eu e Eu”, do rapper paraibano Sacal, há remix inspirado no estilo de dança jamaicano dancehall e a contribuição do artista sonoro cearense Eric Barbosa ao tocar percussões com Rami Freitas.

Para Caiô, o envolvimento de outros artistas no trabalho da banda é muito importante para “a movimentação que está sendo feita dentro da cultura do Estado”. “Tudo isso é feito de maneira independente, muitas vezes sem recursos financeiros para conduzir os projetos, pedindo ajuda e contando com uma rede de apoio. Então, é um movimento muito maior do que só o que está impresso, e é de extrema importância porque é isso que nos faz continuar e permanecer, porque não é algo fácil”, comenta o músico.

Caiô espera que o álbum funcione como um registro significativo para “as pessoas para o qual o disco fala”, gere identificação e que sejam absorvidas as mensagens transmitidas pelas faixas do disco. “Minha expectativa é também de passar um dia em um lugar como a Beira-Mar ou alguma ruazinha do Centro e ouvir o disco tocando, que toque por Fortaleza e que ele seja realmente ‘Fortal’, que seja forte e permaneça tocando”, complementa.

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