
Coordenador do Esportes O POVO. Jornalista curioso sobre os bastidores do mundo da bola e apaixonado pelo jogo nas quatro linhas
Coordenador do Esportes O POVO. Jornalista curioso sobre os bastidores do mundo da bola e apaixonado pelo jogo nas quatro linhas
A reta final da janela de transferências dos Estaduais teve uma investida do Fortaleza no mercado da bola para tentar contratar o volante Denilson, do Cuiabá. Representante e advogado do meio-campista de 24 anos, Leonardo Dias relatou à coluna a "força-tarefa" para tentar convencer o Dourado a vender o jogador, explicou por que não houve acordo e deixou a porta aberta para uma nova negociação no meio do ano.
Com prazo para se reforçar até a última sexta-feira, 11, Marcelo Paz, CEO da SAF do Tricolor tentou, desde os primeiros dias do mês, convencer Cristiano Dresch, presidente do Cuiabá, a liberar o camisa 27, que é alvo antigo do clube do Pici. O tempo, porém, correu contra os cearenses, já que a equipe do Mato Grosso entendeu que não teria condições de repor um titular absoluto.
"Não chegou a efetivar uma proposta de valores para compra, porque o Cristiano se recusou em receber. Ele falou que como não tinha reposição, não tinha valor", contou Leonardo. "O que travou, de fato, foi a falta de reposição. Foi a questão do timing", analisou o advogado, que relatou as tentativas anteriores.
"Essa negociação teve três lapsos temporais: um primeiro, em dezembro, que o Fortaleza queria, mas não queria com tanta intensidade, e o Cuiabá estava na dúvida se venderia ou não; depois, tem uma possibilidade em janeiro, em que o Cuiabá já queria menos (vender), mas o Fortaleza estava mais interessado; e no final da janela, nessa última semana, o Fortaleza veio realmente para comprar o Denilson ou, pelo menos, pagar um valor considerável para o empréstimo dele, para, no final do ano, quem sabe, ter uma opção de compra e fechar. Acredito que o problema não foram valores, foi mais a questão de timing dos dois clubes. A gente não encontrou um casamento entre o momento de venda e o momento de compra", completou.
Leonardo Dias revelou que, além do Fortaleza, outro clube do Nordeste e dois de São Paulo, entre janeiro e abril, tiveram conversas mais avançadas — envolvendo cifras — pela aquisição do volante de 24 anos. O Cuiabá, porém, ainda não estabeleceu o montante desejado para vender Denilson, que tem contrato até o fim de 2027.
"Não há um valor específico. Já foi dito um valor, inicialmente, de 1 milhão de euros; depois um clube de São Paulo falou que pagaria 1,1 (milhão), e ele não liberou; depois, um empréstimo com opção de compra dentro do valor que ele queria de 1,5 milhão ou até 2 milhões de dólares, ele liberaria... Mas eu vejo que há uma desconexão entre o que é falado no início da janela e no final da janela, o que é comum", afirmou.
O advogado e representante do jogador afirmou que o volante é "muito grato" ao Dourado, mas entende que é momento de encerrar o ciclo e rumar para outra equipe, seja no Brasil ou exterior. Pela boa relação com Marcelo Paz e pela "força-tarefa" para a tentativa nesta janela, Leonardo admite que há chance de novas tratativas no período de transferências de junho.
"Sempre vai estar aberta essa possibilidade de retomar, obviamente que se houver a necessidade de reposição. A gente sabe que futebol é momento. Talvez esse fosse o melhor momento para o Denilson ir para o Fortaleza, mas, quem sabe, em junho, com a vontade do Cuiabá de vender e com a necessidade do Fortaleza comprar — e toda a elegância que o Paz sabe conduzir esse tipo de negociação —, a gente consiga efetivar essa proposta", disse.
"Não tenho dúvida que o ciclo dele (no Cuiabá) está em vias de se encerrar e deve ser encerrado, isso também é um entendimento do Cuiabá, pela questão da idade e do potencial do futebol dele. Ele precisa sair para continuar crescendo na carreira", ponderou.
Ôpa! Tenho mais informações pra você. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.