
Coordenador do Esportes O POVO. Jornalista curioso sobre os bastidores do mundo da bola e apaixonado pelo jogo nas quatro linhas
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Depois de 21 dias, a Comissão Disciplinar da Conmebol comunicou a decisão sobre Colo-Colo x Fortaleza, jogo da Libertadores que foi cancelado após invasão de torcedores chilenos, e confirmou a vitória tricolor por 3 a 0. Durante este período, o departamento jurídico do Leão atuou nos bastidores para garantir o resultado positivo.
A defesa do clube foi conduzida pelos advogados Eduardo de Salles e Germano Palácio, executivo jurídico da SAF. À coluna, Eduardo explicou que, no processo, o Tricolor se baseou nos regulamentos da própria Conmebol, usou vídeos de "tentativas de invasão do setor onde estavam os torcedores do clube" e também contou com apoio institucional da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), "que teve importante participação".
O departamento jurídico aguardou "a decisão com tranquilidade, pois a Conmebol tem mostrado que não admitirá uma escalada de violência no futebol sul-americano", de acordo com o advogado. "A Conmebol já possuía precedentes de aplicar graves sanções aos clubes envolvidos, embora todas na fase de mata-mata, onde a consequência é a eliminação. Por se tratar de fase de grupos, a decisão foi pelo 3 a 0, como previsto no regulamento", completou.
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O advogado que representou o Fortaleza na Comissão Disciplinar ponderou que houve "um reconhecimento da ausência de condições de segurança" para a continuidade da partida em Santiago, paralisada na metade do segundo tempo, e que "os próprios jogadores do Colo-Colo temiam por invasões mesmo com o estádio esvaziado".
Quantos os torcedores quebraram o alambrado e entraram no campo, os atletas dos dois times foram para o vestiário e não retornaram mais. A revolta dos chilenos foi motivada pela morte de dois jovens no lado externo do estádio.
Além de perder o duelo por 3 a 0, o Cacique terá de jogar com portões fechados no Estádio Monumental David Arellano nos próximos cinco compromissos em torneios da Conmebol, também não poderá ter carga de ingressos como visitante por cinco partidas — é o caso do reencontro com o Fortaleza, na próxima terça-feira, 6, no Castelão — e foi multado em 80 mil dólares (em torno de R$ 454 mil na cotação atual).
"O Fortaleza lamenta que toda aquela situação tenha ocorrido, inclusive com o falecimento de jovens torcedores, e se solidariza com as famílias. Não tem como dizer que estamos satisfeitos com algo nesse sentido, mas entendemos que o regulamento foi corretamente aplicado", avaliou Eduardo de Salles.
"Esse veredicto mostra que a entidade irá adotar as medidas necessárias para construção de uma cultura de paz no estádio, e passa uma importante mensagem para o continente", opinou o advogado, que é conselheiro do Tricolor.
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