Jornalista formado na Universidade Federal do Ceará (UFC). Foi repórter do Vida&Arte, redator de Primeira Página e, em 2018, virou editor-adjunto de Esportes. Trabalhou na cobertura das Copas do Mundo (2014) e das Confederações (2013), e organizou a de 2018. Atualmente, é editor-chefe de Esportes do O POVO, depois de ter chefiado a área de Cidades. Escreve sobre a inserção de minorias (com enfoque na população LGBTQ+) no meio esportivo no Esportes O POVO
Tenista carioca de 18 anos conquistou o maior título da carreira. Mas quer apenas jogar tênis
Foto: Luis ROBAYO / AFP
O brasileiro João Fonseca foi campeão do ATP 250 de Buenos Aires
O segundo tenista mais bem ranqueado com menos de 19 anos é alemão Justin Engel, de 17, atual número 354 do mundo. João Fonseca é o 68º, apesar de não ter disputado a maior parte dos grandes torneios globais no ano passado.
É difícil medir sucesso a partir do talento puro de jovens tenistas. Mas o carioca campeão do ATP de Buenos Aires é empolgante. Tem um arsenal de golpes não só precisos, como de uma potência impressionante — e seriam impressionantes mesmo se ele fosse um veterano. É carismático, simpático, maduro para a idade. É a receita perfeita de um ídolo.
Dois dias depois do primeiro título de ATP da carreira, ele perdeu na primeira rodada do Rio Open, torneio no qual avançou às quartas de final em 2024, chocando o mundo do tênis. Do outro lado, estava Alexandre Müller, veterano de 28 anos e atual 60º do ranking. E que bom que Fonseca perdeu, porque a aura de invencibilidade talvez tivesse feito uma inevitável derrota ter um impacto muito maior no futuro.
Fonseca terá uma carreira brilhante. Muito possivelmente será o segundo tenista brasileiro em chaves de simples a entrar em Grand Slams com real chance de título. Mas daqui a dois, três anos. Dali, quem sabe, passe a desafiar Jannik Sinner e Carlos Alcaraz. Ou vire um eficiente jogador de ponta por uma década e tanto.
Brasileiro, carente de ídolos, tem pressa. Fonseca é claro, por enquanto quer apenas jogar tênis. Neste ano, deve tascar um top-50. No próximo, que tal sonhar com um top-10. Mas, lembremos, trata-se do maior esporte individual do globo. O jovem carioca vai fazer um caminho dele. Ele não precisa ser Guga. Precisa apenas jogar bola.
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