Jornalista formado na Universidade Federal do Ceará (UFC). Foi repórter do Vida&Arte, redator de Primeira Página e, em 2018, virou editor-adjunto de Esportes. Trabalhou na cobertura das Copas do Mundo (2014) e das Confederações (2013), e organizou a de 2018. Atualmente, é editor-chefe de Esportes do O POVO, depois de ter chefiado a área de Cidades. Escreve sobre a inserção de minorias (com enfoque na população LGBTQ+) no meio esportivo no Esportes O POVO
O Brasil tem muitos problemas: falta de técnico, laterais que não apoiam, nem defendem, homens-gol incapazes de marcar um gol, armação nula. Mas, mesmo sem jogar há três anos, a sombra de Neymar segue atrapalhando
Foto: Raul Baretta/Santos FC
"Maduro Ney": Neymar jogou 16 partidas desde março de 2023
Faltam 402 dias para a Copa do Mundo de 2026 e a seleção brasileira tem alguns pequenos problemas. Os laterais parecem ser decorativos, a zaga não passa segurança, o meio-campo foi engolido no jogo contra a Argentina, o ataque é inefetivo. Além disso, já são 40 dias sem técnico. E não há nem sequer estabilidade na Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Proponho, então, a bala mágica que circula no imaginário popular nacional. Afinal, o maior jogador hipotético do mundo pode mostrar outras valências para nosso povo tão sofrido. Muitos problemas, uma solução: Neymar.
Ignorando o fato de ele ter ultrapassado a marca de 40 jogos mais recentemente em 2016/2017 — pelo Barcelona, lembra? —, e a de 20 em 2018/2019, certamente o jovem prodígio de 33 anos pode deslanchar em 2026. E com ele em campo, podemos ter um armador a mais ou até um falso 9. Até porque a trajetória atual dele indica que ele é um falso profissional.
Para além disso, Neymar traz consigo contatos. Como a carreira principal dele é a de influencer, ele pode despontar como um chamariz capaz de atrair craques da Kings League para o esquecido futebol de campo. E a dupla craque Ney e Kelvin Oliveira é imparável.
E num time de tamanha pujança ofensiva, basta escalar um zagueiro improvisado em uma lateral e povoar o meio-campo de pernas de pau para garantir o hexa. Mas resta um problema. E o técnico?
A escolha é simples. Cabe ao próprio menino Ney assumir o posto de jogador-treinador. Ruud Gulit, Vincent Kompany, Romário, George Weah, Kenny Dalglish, Edgar Davids já se arriscaram no papel duplo. Por que não o capitão da primeira conquista olímpica do futebol brasileiro? Dentro de campo, ele vai estar mais perto para orientar os comandados.
Resta o posto de presidente da CBF. E a resposta é quase a mesma: Neymar (pai). Afinal, segundo o colunista Lauro Jardim, do O Globo, o genitor do ex-jogador em atividade já tem poder suficiente para vetar técnico de quem não gosta. Então, que assuma todo o poder.
Claro, a CBF está na mira do Supremo Tribunal Federal (STF), o que traz palpitações de intereferência jurídica. Mas vale lembrar que o ministro Luiz Fux completa 75 anos em 2028, portanto terá de se aposentar. Neymar vai ter 36 anos. Já é idade suficiente para ser escolhido pelo próximo presidente do Brasil para reforçar a escalação da Suprema Corte.
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