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O mundo muda com o esporte
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Eleita uma das dez melhores executivas do Brasil, Anette de Castro é vice-presidente da Mallory. Líder e cofundadora do Grupo Mulheres do Brasil

O mundo muda com o esporte

Para nós, no Brasil, como nossas mulheres estão se superando nos Jogos Olímpicos de Paris e conquistando não apenas a primeira medalha de ouro de Beatriz Souza, mas também a consagração de Rebeca Andrade como a atleta brasileira mais vitoriosa na história
Anette de Castro, empresária (Foto: DIVULGAÇÃO)
Foto: DIVULGAÇÃO Anette de Castro, empresária

Como o mundo muda quando mergulhamos no esporte. Como o ambiente fica leve e alegre quando assistimos a uma abertura de Olimpíadas, mesmo que o conteúdo possa ter sido polêmico. Como o mundo torce para atletas de qualquer país que se esforçam, que se superam, que se desapontam, e como a energia fortalecedora e motivadora parece transcender as telas de milhões de telespectadores ao redor do mundo. Neste momento de Olimpíadas, observamos quase 11 mil atletas de 206 países competindo e buscando alcançar o seu melhor desempenho após anos de dedicação e treino, em um ambiente de paz e união.

À sua frente, apenas um pódio e uma medalha. Neste momento, até o valor financeiro de cada vencedor toma um lugar secundário, visto a euforia de Djokovic, um dos atletas mais bem pagos do mundo, ao segurar sua medalha de ouro pela primeira vez. E para nós, no Brasil, como nossas mulheres estão se superando e conquistando não apenas a primeira medalha de ouro de Beatriz Souza, mas também a consagração de Rebeca Andrade como a atleta brasileira mais vitoriosa na história das Olimpíadas.

Não bastasse o feito histórico, Rebeca foi reverenciada no pódio pelas americanas Simone Biles e Jordan Chiles. Mas será que esses feitos são por acaso, ou será porque o efeito feminino, quando permeia o momento, gera uma realidade diferente? O esporte tem a capacidade de mover nações, de fazer esquecer as diferenças e de nos fazer esquecer o que nos separa.

Após o fim do apartheid, a Copa Mundial de Rugby aconteceu na África do Sul, e Nelson Mandela vestiu a camisa da seleção para demonstrar a união do país. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1968, houve o protesto dos atletas que levantaram os punhos com luvas pretas para protestar contra a injustiça racial. Nenhum brasileiro esquece o triunfo da Seleção Brasileira em 1970 e a mágica de Pelé. E, como britânica fiel, devo lembrar como a Rainha Elizabeth foi convidada por James Bond para participar da abertura das Olimpíadas de Londres em 2012, não apenas pulando do helicóptero, mas também tomando chá com o famoso Paddington Bear.

O esporte nos liberta de nossas crenças negativas, de nossas divergências partidárias e de nossas desigualdades sociais. O esporte transcende barreiras sociais e promove solidariedade e respeito mútuo. Como o mundo muda para melhor quando mergulhamos no esporte.

 

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