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Cadê nosso discernimento?
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Eleita uma das dez melhores executivas do Brasil, Anette de Castro é vice-presidente da Mallory. Líder e cofundadora do Grupo Mulheres do Brasil

Cadê nosso discernimento?

Como vamos votar? Baseado em quais critérios? O que influencia o nosso voto? Até então, era o currículo, a história, as conquistas e o caráter dos candidatos. Mais recentemente, a tecnologia passou a ser ainda mais importante e até parece que consegue mudar a história
Anette de Castro, empresária (Foto: DIVULGAÇÃO)
Foto: DIVULGAÇÃO Anette de Castro, empresária

2024 é o ano das eleições ao redor do mundo. Mais de 60 países irão para as urnas até o final do ano. Já vimos o incômodo das populações em todos os continentes com agitação e extremismo. No Reino Unido, houve a queda dos conservadores após 14 anos no poder. Na Venezuela, Maduro se mantém mesmo com a contestação da veracidade das urnas. No México, pela primeira vez uma mulher assume o país. E ainda não sabemos se os Estados Unidos vão seguir o mesmo exemplo. Eleição é para cada cidadão exercer seu direito de escolher o candidato mais preparado para dirigir seu país, conduzir a economia, gerenciar a máquina pública e cuidar do seu povo.

Em teoria, é o momento de ouvirmos as propostas e analisarmos o preparo de cada candidato, mas com a tecnologia atual, o cenário mudou. Como vamos votar? Baseado em quais critérios? O que influencia o nosso voto? Até então, era o currículo, a história, as conquistas e o caráter dos candidatos. Mais recentemente, a tecnologia passou a ser ainda mais importante e até parece que consegue mudar a história. Vamos considerar que fake news existe há séculos, mas, em anos recentes e com as redes sociais, tomou outra vertente.

É difícil acreditar que o ChatGPT só foi lançado em novembro de 2022 e no Brasil somente em maio de 2023; o poder desta ferramenta atualmente consegue mudar até a forma como as pessoas pensam. Será que essa tecnologia já está dominando as nossas cidades de tal forma que não enxergamos mais a realidade? Como podemos ter candidatos tão extremos, com histórias tão duvidosas e caráter tão comprometido, não somente participando, mas atualmente liderando as pesquisas ao redor do mundo? Será que nosso discernimento deixou de ser uma busca de sabedoria e verdades? Fato, o mundo está perplexo.

O extremismo domina nosso meio e divide a nossa população. O vácuo entre as pessoas que o extremismo cria deixa espaço para a criação de grandes incertezas, ações exageradas, invenções e mentiras. E ficamos simplesmente incapazes de discernir. E qual a solução? O desespero? A indiferença? A omissão? Jamais! É neste momento que nossas vozes precisam ecoar mais altas. É nesses momentos que precisamos cuidar e acolher ainda mais as pessoas ao nosso redor. E, por esta razão, nosso voto é de extrema importância e nosso discernimento passa a ser absolutamente necessário.

 

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