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A alienação diante dos conflitos globais
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Eleita uma das dez melhores executivas do Brasil, Anette de Castro é vice-presidente da Mallory. Líder e cofundadora do Grupo Mulheres do Brasil

A alienação diante dos conflitos globais

Enquanto o Oriente Médio está à beira de uma escalada ainda mais devastadora, no Brasil, as campanhas eleitorais para as prefeituras parecem desconectadas dessa realidade. Assistimos a uma guerra de ofensas, calúnias e fake news.

Nos últimos anos, o Brasil tem sido palco de uma política marcada por agressividade e ataques pessoais, desviando nossa atenção de questões internacionais de enorme relevância. Estamos vivendo um momento delicado no cenário global, com um foco particular no Oriente Médio, onde o conflito entre Israel e Irã se intensifica.

O mais alarmante é que, na próxima semana, completa-se um ano desde o ataque do Hamas contra Israel, e em vez de avanços em direção à paz, o cenário só se agrava. Agora, além do Hamas, o Hezbollah se envolve em disputas, trazendo mais sofrimento à já fragilizada população libanesa.

Ao longo dos anos, temos acompanhado o crescimento e fortalecimento de grupos extremistas no Oriente Médio, como o Hezbollah, Hamas, Houthi e facções xiitas, muitas vezes com uma aparente inércia por parte de governos globais. Enquanto isso, a situação escalou a um ponto crítico, com milhares de mortos nas últimas semanas, deixando claro que os problemas da região estão longe de uma solução pacífica.

É particularmente preocupante a sensação de que esses grupos extremistas estão se unindo em uma frente comum contra Israel, com o Irã assumindo um papel cada vez mais ativo. Entretanto, enquanto o Oriente Médio está à beira de uma escalada ainda mais devastadora, no Brasil, as campanhas eleitorais para as prefeituras parecem desconectadas dessa realidade. Em vez de debates construtivos sobre soluções para os problemas do país e uma análise séria dos desafios globais, assistimos a uma guerra de ofensas, calúnias e fake news.

Os candidatos preferem atacar pessoalmente seus concorrentes, em uma competição pelo poder que parece desconsiderar as complexas questões internacionais que podem, a qualquer momento, afetar o futuro da humanidade. Diante desse cenário, fica o questionamento: será que não deveríamos abrir os olhos para o que está acontecendo no mundo? O extremismo internacional e o avanço de conflitos no Oriente Médio têm o potencial de impactar diretamente nossas vidas e a estabilidade global. Ignorar esses eventos e nos concentrar apenas nas disputas locais e rasteiras nos colocam em uma posição perigosa de alienação, em um momento onde a atenção e a ação global são mais necessárias do que nunca.

 

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