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Eleita uma das dez melhores executivas do Brasil, Anette de Castro é vice-presidente da Mallory. Líder e cofundadora do Grupo Mulheres do Brasil
Eleita uma das dez melhores executivas do Brasil, Anette de Castro é vice-presidente da Mallory. Líder e cofundadora do Grupo Mulheres do Brasil
Se tem vacina, por que uma mulher ainda morre a cada 90 minutos no Brasil com câncer de colo de útero? Se tem vacina, por que muitos não sabem que meninos também devem tomar? Se tem vacina, por que só agora está entrando no PSE (Programa de Saúde na Escola) e, além do mês dedicado, por que o PSE, tão bem elaborado, ainda é opcional para as escolas aderirem? Se temos rastreamento, por que nossos indicadores de exames continuam, na maioria dos municípios, abaixo de 30%? Qual a causa de nossas mulheres não buscarem seus direitos?
A luta pela vacinação contra o HPV é uma das principais bandeiras do Grupo Mulheres do Brasil. O movimento, que reúne mulheres de diferentes esferas da sociedade, tem sido uma das vozes mais ativas na defesa da saúde feminina e da prevenção de doenças, como o câncer de colo do útero, associado ao HPV. A atuação no Ceará tem dois pilares: a conscientização para a vacinação como medida fundamental para a proteção de mulheres e homens em todo o país e o melhor uso de tecnologia para alcançar melhores resultados.
O trabalho do Grupo Mulheres do Brasil vai além da conscientização sobre a vacina: ele busca gerar mudanças estruturais. São campanhas, debates e ações em conjunto com especialistas da saúde, sempre com foco em informar e alcançar o maior número possível de pessoas. Com a solução em tecnologia, estamos criando sistemas e procedimentos para comunicar direitos, marcar exames, autorizar e facilitar a vida do dia a dia das mulheres e agrupar melhor todos os indicadores para maior assertividade nas ações.
A vacina, que é disponibilizada gratuitamente pelo SUS para meninas e meninos de 9 a 14 anos, além de grupos de risco, como pacientes oncológicos e pessoas vivendo com HIV/Aids, precisa ser vista como uma medida de proteção vital, não apenas para quem recebe a aplicação, mas para toda a população. Com estimativas indicando que 80% das mulheres sexualmente ativas terão algum tipo de infecção pelo HPV ao longo da vida, fica claro que a situação é séria e que a prevenção precisa ser uma prioridade.
Não se trata apenas de uma questão de saúde feminina, mas sim de um problema que afeta a todos, pois os homens e meninos também podem ser portadores do vírus, que pode levar a tipos de câncer menos conhecidos, como o de garganta ou pênis. A vacinação, portanto, não é uma escolha individual, mas um ato de proteção coletiva.
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