Jornalista, repórter especial do O POVO, tem mais de dez anos de experiência em jornalismo econômico
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A elevação da taxa básica de juros na última semana reverberou de uma forma diferente. Precificado pelo mercado financeiro, o aumento de 0,25% ao ano teve muito menos alarde entre os analistas e o governo federal, apesar de ser o primeiro ajuste para cima do terceiro governo Lula.
As reclamações do setor produtivo foram as mesmas. Com propriedade, a maioria - dos micro negócios até os gigantes da construção civil - criticou a tomada de decisão do Banco Central (BC) apontando os prejuízos que uma Selic alta causa. Entre os principais, o crédito mais caro para todos e a redução do poder compra dos consumidores, no fim das contas.
Mas sequer a companhia de Rússia (1º) e Turquia (3º) no pódio dos juros mais elevados do mundo fez com que os analistas condenassem a decisão do BC que classificou o Brasil em 2º neste ranking. Desde a alta do Produto Interno Bruto, que indicava uma inflação maior, a elevação da Selic era dada como certa.
Selou essa visão o silêncio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Crítico ferrenho da manutenção da Selic em patamar alto, o chefe do Executivo se manteve em silêncio após a decisão do BC. Ou se conformou com a decisão ao enxergar os sinais desde a divulgação do PIB ou já está precificando a saída de Roberto Campos Neto da presidência do BC.
Porém, é importante observar que a decisão por uma elevação da Selic foi unânime. Ou seja, contou, inclusive, com o voto de Gabriel Galípolo - o indicado de Lula para assumir o cargo de Campos Neto.
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