Logo O POVO+
O Superlativo
Foto de Assis Cavalcante
clique para exibir bio do colunista

Empresário, natural de Maranguape, presidente do Clube de Dirigentes Lojistas de Fortaleza, é também escritor, autor dos livros "História de Assis" e "Gonzagão no céu e outras histórias"

O Superlativo

Hoje, superlativa falta nos faz o pouco conhecido Simplício, que se fez famoso sob o pseudônimo de Alan, por achar-se pintoso que nem o famoso ator francês de "O sol por testemunhas"
Tipo Opinião

“Olha o deeeedo do Trem Bala! E gira, gira, gira...”, “Não para nem a pau e nem a bala”, “Bomba de mil megatons”, “Apertem os cintos que vem aí muita turbulência”, “Alô alô/Cadê você, Trem Bala?”, “Se o futebol cearense não existisse teria que ser inventado”,

“Isso é uma pândega”, bordões que consagraram o já saudoso Alan Neto.

De batismo, foi Manoel Simplício de Barros Neto, nascido no município de Senador Pompeu, mesorregião dos Sertões Cearenses. Por isso, sabedor, como poucos, do jeito bem-humorado e irreverente de ser do cearense. Inteligente, ilustrado, bem relacionado, um grande o jornalista. Nas minhas mal traçadas linhas de hoje, gostaria de me deter no profissional de comunicação que teve o reconhecimento de todos, em meio aos tantos textos maravilhosos que o homenagearam.

Permitam-me colocar o Alan do rádio, da TV e do jornal impresso no mesmo panteão ocupado pela gente referenciada que fez e ainda faz história na imprensa local: Eduardo Campos (Manuelito Eduardo), Ivonete Maia, Ciro Saraiva, Narcélio Limaverde, Edilmar Norões, Rogaciano Leite, Dedé de Castro, Tertuliano Siqueira e os ainda conosco Cid Carvalho, Adísia Sá, Lúcio Brasileiro e tantos outros nomes que me marcaram a vida enquanto leitor, ouvinte, telespectador. Alan sempre foi grande, não apenas na altura.

Por volta de 1975, eu recém-iniciado no ramo óptico na condição de empresário, costumava ligar meu radinho de pilha, no centro da cidade, para ouvir aquele cara de voz diferente, anunciando na Rádio Iracema de Fortaleza um tal “Superlativo Programa do Alan”. Era ouvinte assíduo do “extremo, elevado ao mais alto ponto ou grau, do extraordinário” programa dele. Jornalismo esportivo de qualidade, eivado de “bombas” e furos de reportagem, com opiniões abalizadas, ácidas tantas vezes, como lhe era característico. Aprendi e respeitá-lo como homem de imprensa, no patamar dos acima citados. Por último, eu não perdia uma coluna do jornal O POVO que assinava aos domingos.

Hoje, superlativa falta nos faz o pouco conhecido Simplício, que se fez famoso sob o pseudônimo de Alan, por achar-se pintoso que nem o famoso ator francês de “O sol por testemunhas”. Somos todos testemunhas, na Terra do Sol, de tão brilhante estrela. Siga em paz, superlativo Trem bala.

 

 

 

Foto do Assis Cavalcante

Ôpa! Tenho mais informações pra você. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?