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A nossa vez chegou
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Carlos Viana é jornalista da área de Opinião do O POVO. Atua também na rádio O POVO/CBN com uma coluna semanal na área de inclusão

A nossa vez chegou

Na minha época de estudante do ensino médio, Fortaleza não tinha nenhum local que apostasse no esporte de pessoas com deficiência. Hoje a realidade é um pouco melhor, mas ainda longe do ideal
Carlos Viana, repórter do núcleo de opinião do O POVO. (Foto: Carlos Viana)
Foto: Carlos Viana Carlos Viana, repórter do núcleo de opinião do O POVO.

Hoje começam os jogos paralímpicos de 2024, em Paris. Até o dia 8 de setembro, atletas com deficiência de 185 países irão disputar 22 modalidades. Entre as modalidades, estão o volei sentado, tênis de mesa e remo.

A delegação brasileira terá o maior número de reprepresentantes da história, com 279 pessoas, entre atletas e atletas-guia, que disputarão 20 modalidades. Desses atletas, 88 disputam uma paralimpíada pela primeira vez.

Há várias edições dos jogos olímpicos, os atletas com deficiência brasileiros trazem mais medalhas que os atletas sem deficiência. Só para se ter um exemplo, nas olimpíadas de Toquio, os atletas do Brasil sem deficiência trouxeram 21 medalhas. Já os atletas com algum tipo de deficiência conquistaram 72 medalhas.

Confesso que amo os jogos paralímpicos. Para mim, mesmo que eles ainda tenham uma cobertura tímida da imprensa, acabam servindo para tirar o estigma de que pessoa com deficiência é incapaz de realizar várias atividades, inclusive esportivas.

Não é fácil para qualquer atleta, com ou sem deficiência, chegar em uma olimpíada. A dificuldade é ainda maior para quem tem alguma deficiência, até mesmo para encontrar um local onde ele possa treinar.

Na minha época de estudante do ensino médio, Fortaleza não tinha nenhum local que apostasse no esporte de pessoas com deficiência. Hoje a realidade é um pouco melhor, mas ainda longe do ideal.

É imperativo que nossas autoridades comecem a ver no esporte uma forma de socialização, principalmente para muitas pessoas que têm algum tipo de deficiência. Por diversos fatores, que se somam ao longo da história, esse público foi esquecido. Agora, porém, com o mundo mudando e políticas afirmativas sendo criadas, não podemos ficar de fora mais uma vez.

E que os atletas brasileiros com deficiência do Brasil possam, mais uma vez, trazer inúmeras medalhas para nosso país. Toda minha energia positiva está com vocês.

Brilhem, pessoal. Que vocês levem luz para a cidade da luz.

Que todos os recordes possam ser ultrapassados e o número de medalhas seja ainda maior que os da última olimpíada.

 

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