Logo O POVO+
COP30: presidência convoca Mutirão Global
Foto de Carol Kossling
clique para exibir bio do colunista

Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Universidade de Fortaleza (Unifor) e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da editoria de Economia e foi editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO. Atualmente cursa dois MBA em ESG - Trevisan e Faculdade CDL

COP30: presidência convoca Mutirão Global

Um dos objetivos do Mutirão Global é alavancar um movimento global, que integre ações locais para incentivar ação e ambição climáticas
Tipo Notícia
EMBAIXADOR André Corrêa do Lago, presidente da COP30 (Foto:  Rafa Neddermeyer/ COP30)
Foto: Rafa Neddermeyer/ COP30 EMBAIXADOR André Corrêa do Lago, presidente da COP30

Faltando cerca de 180 dias para a COP30 no Brasil, que acontece de 10 a 21 de novembro em Belém, no Pará, foi publicada na última semana a segunda carta da Presidência da COP30 com um chamado para uma mobilização pela mudança do clima, um Mutirão Global para incentivar ação e ambição climáticas. Nela, o presidente da Confederação, embaixador André Corrêa do Lago, detalha um dos quatro pilares do evento, o de Mobilização.

Um dos objetivos é alavancar um movimento global, que integre ações locais. O comunicado convida governos subnacionais, setor privado, setor financeiro, sociedade civil, movimentos sociais, indivíduos para agir. O Mutirão é inspirado em ações que já ocorrem em territórios, como por exemplo, agricultores que adotam práticas regenerativas; jovens que instalam painéis solares em comunidades vulneráveis; cidades costeiras que organizam brigadas de restauração de mangues; empresas de tecnologia que se unem para descarbonizar data centers, entre outros.

Equidade nos territórios

Durante o 13º Gife, pela primeira vez em Fortaleza, foi debatido a questão da equidade nos territórios. Viviane Soranso, coordenadora do Programa Lideranças Negras e Oportunidades de Acesso, participou da mesa "Caminhos pela Equidade: como o ISP tem construído políticas internas de diversidade e inclusão". O painel discutiu como fundações e institutos vêm incorporando a diversidade à cultura organizacional, democratizando o acesso a recursos e enfrentando desigualdades estruturais.

"É preciso intencionalidade para implementar medidas em prol da equidade, diversidade e inclusão também da porta para dentro das instituições, com foco no público interno. Esse é um valor que vem sendo construído e sendo reconhecido como fundamental", ressaltou a especialista. Viviane é responsável pela Plataforma Alas, iniciativa da Fundação Tide Setubal, que está em campanha de financiamento coletivo para arrecadar R$ 1 milhão com o objetivo de garantir a permanência de jovens negros na universidade.

Inovação sustentável

A Binatural passou a integrar a casca da castanha de baru em seu processo produtivo, como insumo para a caldeira da usina. A iniciativa é uma alternativa sustentável e eficiente e atua diretamente na agricultura familiar e no apoio às comunidades locais. Antes dessa decisão, a casca do baru era descartada em aterros e, agora, a aplicação da biomassa abastece caldeiras em uma indústria de biodiesel. Estudos realizados demonstram que a casca de baru possui um poder calorífico de 4.700 kg/cal, superando a lenha de eucalipto, o que a torna uma escolha inteligente para a produção de energia.

Hidrogênio verde

A Fortescue, em parceria com o Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará (UFC), está realizando um monitoramento ambiental marinho no Pecém. A ideia é diagnosticar a vida marinha no entorno da futura planta de hidrogênio verde da companhia, localizada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). O estudo Marine Environmental Baseline Studies tem participação de mais de 30 pesquisadores da UFC.

Redução de desperdício

O relatório de sustentabilidade ano 2024 da Roche aponta que a empresa reduziu em 21% a captação de água em relação ao ano anterior, com destaque para a queda de 56% no descarte e 27% no consumo total. Para isso, utiliza sistemas próprios de reuso e tratamento e ações contínuas contra o desperdício. Além disso, na parte ambiental, obteve retorno de 30% das caixas Get Cool II, com reaproveitamento de 12 toneladas de papelão e 11 toneladas de plástico. Reduziu 8% no consumo de energia total, mesmo com o aumento de viagens a trabalho; expandiu o uso de veículos híbridos e iniciou o uso de veículos elétricos no transporte de medicamentos.

ISE B3

A Neoenergia conquistou o segundo lugar no ranking geral da 20ª carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 (ISE B3) 2024/2025, subindo 11 posições no ISE B3 em relação ao período anterior. A carteira 2024/2025 do ISE B3 reúne 82 companhias pertencentes a 40 setores. Criado em 2005, o ISE é o quarto índice de sustentabilidade lançado no mundo e contempla as companhias que possuem as melhores práticas ESG.

 

Foto do Carol Kossling

ESG, meio ambiente e formatos econômicos. Tudo isto, aqui. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?