
Chico Araujo é cearense, licenciado em Letras, professor de Língua Portuguesa e de Literatura brasileira. É autor dos livros
Chico Araujo é cearense, licenciado em Letras, professor de Língua Portuguesa e de Literatura brasileira. É autor dos livros
Um homem rico, centrado unicamente em si mesmo, que se põe acima de todos decide, para enriquecer mais, afrontar as leis de um governo eleito por voto popular. Posa de defensor de pessoas supostamente perseguidas e, sob esse disfarce, usa seu poder baseado na sua condição de homem rico para agir contra quem lhe atravesse o caminho – seu gosto maior é que haja séquitos lhe seguindo; portanto, comissões de vassalos atrás dele o fazem sorrir.
Esse homem rico deixa claro que vai desrespeitar as determinações do STF do Brasil, alegando censura da justiça brasileira aos brasileiros. Esse é um discurso. Aproveitando-se dos desejos da extrema direita brasileira de querer fugir das mãos da justiça, resolveu esse homem insuflar esse ramo radical da direita, acrescer nessa divisão o ímpeto já exacerbado de querer pôr em prática no país uma justiça própria, moldada aos interesses dos que nela se abrigam. No entanto, o ricaço faz o que faz sem se afastar de sua máxima: em qualquer lugar do mundo sua questão é pessoal, comercial, de negócios, pois tem sede de dinheiro e do poder que ele pode dar a quem o tem.
Vendo coisas assim acontecendo – interferência externa ao país em questões que dizem respeito a sua condição interna – com a anuência de políticos de falas rápidas, nervosas e desconexas (para não serem mesmo entendidos?) e de setores da sociedade que divulgam tais fatos sem fazer qualquer defesa da soberania do país, hoje, mais uma vez, me ocorre o quanto é importante educação de verdade, crítica e cidadã, nas escolas de educação básica, ensinos fundamentais e médio.
Crianças e jovens, com o auxílio de sua família em parceria com a escola em que estudem, devem ser expostos não somente ao "ensino" de matérias de maneira mecanicamente condutora à assimilação dos conteúdos, mas sem qualquer elaboração analítica que conduza à criticidade necessária e saudável para quem vive em sociedade. A criticidade é fundamentalmente importante na vida de quaisquer pessoas e sei que os pais que pensam de forma semelhante à minha sabem do que estou falando. Há discursos circulando nos mais diversos âmbitos sociais com o intuito de falsamente defender uma educação crítica que, na verdade, crítica não é, mas algo construtor de criaturas atendentes a aberrações como essa proposta pelo dono da rede social.
Há políticos que estão em defesa desse bilionário, quando ele declara que "não vai respeitar as leis do Brasil". Cabe uma pergunta diante disso: os políticos que o defendem pensam da mesma maneira? As leis do Brasil não devem ser cumpridas? É isso mesmo? Quais os interesses desses políticos no exato instante em que defendem e promovem as falas e as posturas do empresário que declarou, em certa ocasião, referindo-se a fato relativo a outro país “Vamos dar golpe em quem quisermos.”?
Naquela situação, o dono da rede social completou sua fala atrevida, prepotente: "Lidem com isso". Não faz muito tempo, o Brasil viveu outra “página infeliz de sua História”, vendo iniciar-se nele época novamente complicadíssima, quando um golpe foi tentado contra um governo eleito com o voto da maior parte da população. Quem não ganhou, forçou a barra, "jogou fora das quatro linhas da constituição" e tudo indica que continua fazendo isso, tentando, a todo custo, desestabilizar o governo em voga e a justiça brasileira.
O que querem, realmente, os que estão se encostando no despotismo de Elon Musk? Este, sempre deixa claro que seu grande interesse em tudo o que faz é dinheiro, muito dinheiro, quanto mais dinheiro, melhor – para ele. E para tê-lo ele também deixa claro que faz tudo o que lhe der na vontade, inclusive “golpe” capaz de tirar de sua frente quem lhe queira impedir de fazer o desejado.
Mas... e os políticos? O que querem os políticos nacionais que estão reverberando toda a insolência de Musk? Liberdade de expressão? É isso mesmo? Os políticos já a têm, a partir de suas prerrogativas como representantes eleitos por votos, sendo invioláveis e tendo assegurado o direito de até dizer... asneiras.
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