
Chico Araujo é cearense, licenciado em Letras, professor de Língua Portuguesa e de Literatura brasileira
Chico Araujo é cearense, licenciado em Letras, professor de Língua Portuguesa e de Literatura brasileira
Toco na tecla: não pensa no Brasil, nas populações brasileiras, quem realiza ações no sentido de que um país estrangeiro se ocupe de sancionar o Estado brasileiro, prejudicando-o profundamente em sua economia e, por consequência, em várias outras áreas que fazem o nosso país ser o que é.
Também não é nem um pouco razoável que políticos usem seus mandatos defendendo propostas que prejudicam o Estado nacional e, portanto, o povo abrigado nele, a título de defender uma nefasta proposta de anistia a quem tentou viabilizar um golpe de Estado, principalmente aos seus idealizadores e financiadores.
É profundamente desrespeitosa aos eleitores a utilização do mandato conferido pelo voto popular para sugerir leis, propor ações e "manifestações", inviabilizar, no Congresso, o avanço de pautas beneficiadoras da qualidade de vida das populações mais carentes, substituindo-as por outras que beneficiam os próprios políticos, dando-lhes condições de impunidade e de enriquecimento ilícito.
Deputados, deputadas, senadoras e senadores congressistas não deveriam ficar impunes à desfaçatez com que tratam os brasileiros. Quem idealizou golpe de Estado deve ser punido. Quem financiou ações em prol da tentativa de golpe de Estado deve ser punido. Quem propagou mensagens visando ao estímulo de ações pró-golpe de Estado deve ser punido. Quem esteve em Brasília atuando para possibilitar um golpe de Estado deve ser punido. Quem depredou prédios dos três poderes constituídos na intenção convicta ou sugerida de promover um golpe de Estado deve ser punido. E no rigor que as leis permitam.
Políticos mal-intencionados em suas propostas de retirar de cima deles mesmos a possibilidade de responsabilização eleitoral e penal são nefastamente perniciosos e prejudiciais ao funcionamento normal da sociedade. Não há cidadania em seus atos de autoproteção contra crimes porventura cometidos sob a responsabilidade de seus mandatos.
O retorno recorrente de "representantes" do povo ao discurso de que por ele foi "legitimamente eleito", com o intuito de legitimar publicamente suas atuações pífias, algumas vezes covardes e desumanas, deveria ser motivo para a impugnação popular de qualquer desejo de reeleição.
Há, de fato, no congresso nacional, eleitos que não fazem jus aos votos recebidos, uma vez que pouco ou nada fazem em favor de seus eleitores, pois têm por preocupação maior defender não as grandes necessidades do povo, mas os interesses de partes da sociedade já com acesso a tudo o que desejem, inclusos eles próprios.
Políticos com postura não honesta com seus eleitores populares não deveriam ter direito a reeleição. Nesse momento histórico ainda têm e é muito possível que continuem tendo essa possibilidade eleitoral por muito tempo, uma vez que não criam leis a lhes impedir o progresso pessoal dentro da política.
Seria muito interessante observamos, como eleitores, o que têm feito políticos em suas funções legislativas, principalmente aqueles declarantes de vários mandatos como parlamentares. Realizaram e realizam eles algo em favor das populações votantes, ou somente podem ser identificadas ações deles em benefício próprio e beneficiadoras de pessoas próximas?
Quem está na atual legislatura distanciado das pautas populares e abnegado à ideia de tentar impor uma “anistia” que, ao fim e ao cabo, propõe impunidade a políticos e outras pessoas cometedoras de crimes não merece o respeito dos eleitores e estes não deveriam sequer admitir-lhe a hipótese de novo mandato.
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