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IGC 2022: análise do desempenho das IES estaduais e municipais
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Reitora da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), é graduada em Ciência da Computação, mestrado em Engenharia Elétrica, pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), doutora em Engenharia Elétrica e da Computação, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Pós-Doutorado, no Massachusetts Institute of Technology (MIT/EUA)

IGC 2022: análise do desempenho das IES estaduais e municipais

Nos últimos anos, observa-se um fenômeno notável no panorama educacional brasileiro: o crescimento ascendente do desempenho das universidades públicas estaduais e municipais no Índice Geral de Cursos (IGC). Esse indicador, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), reflete a qualidade do ensino superior no país.

De acordo com os dados mais recentes, referentes a 2022, dentre as 112 universidades estaduais, 43,7% obtiveram IGC 4 ou 5, em uma escala de 1 a 5, em que 5 é o índice máximo. Em 2021, esse percentual era de 32%. Entre as universidades municipais, observa-se um crescimento de aproximadamente 10 pontos no IGC 4 em relação ao ano anterior.

Esses números demonstram a melhoria na qualidade do ensino ofertado por essas instituições e refletem o compromisso com a excelência acadêmica e a busca contínua pela qualidade por docentes, pesquisadores e técnicos, que dedicam esforços para proporcionar uma educação de alto nível aos estudantes brasileiros, especialmente nas cidades do Interior dos estados, onde predomina a presença das universidades estaduais e municipais. Esse contexto revela a democratização no acesso ao ensino superior, oferecendo oportunidades educacionais de qualidade para pessoas que, de outra forma, teriam dificuldade de alcançá-las, e contribui para o desenvolvimento regional e a redução das desigualdades sociais.

O IGC, que corresponde à média das notas do Conceito Preliminar de Curso (CPC) para cursos de graduação e dos conceitos Capes para programas de pós-graduação stricto sensu, ponderados pelo número de matrículas de cada curso, é uma medida abrangente da qualidade educacional. Portanto, o fato de um número tão significativo de universidades públicas estaduais e municipais estar alcançando as faixas mais altas do IGC é um indicador promissor do amadurecimento e da evolução do sistema de ensino superior brasileiro.

Esse sucesso não é fruto do acaso, mas do comprometimento de todas as partes interessadas, incluindo governo federal, governos estaduais e municipais, instituições de ensino, professores, técnicos, estudantes e comunidades locais. Investimentos em infraestrutura, pesquisa, corpo docente qualificado e políticas de inclusão têm sido fundamentais para impulsionar esse avanço.

No entanto, apesar dessas conquistas, há desafios a serem enfrentados, pois ainda existem disparidades regionais no acesso ao ensino superior e no financiamento dessas instituições. É fundamental que o governo federal assim como os estaduais e municipais invistam na expansão e fortalecimento dessas instituições, garantindo que todos os brasileiros tenham igualdade de oportunidades educacionais, independentemente de onde vivam.

Nesse contexto, o crescimento positivo do desempenho das universidades públicas estaduais e municipais no Índice Geral de Cursos é, sem dúvidas, uma notícia animadora para o futuro da educação superior no Brasil. É um testemunho do compromisso do País com a excelência educacional e um passo significativo em direção a um sistema de ensino superior mais inclusivo, equitativo e de qualidade. n

 

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