Universidades diante dos problemas climáticos no Brasil
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Reitora da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), é graduada em Ciência da Computação, mestrado em Engenharia Elétrica, pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), doutora em Engenharia Elétrica e da Computação, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Pós-Doutorado, no Massachusetts Institute of Technology (MIT/EUA)
Universidades diante dos problemas climáticos no Brasil
Por meio de estudos detalhados, as instituições de ensino superior podem identificar os principais agentes de mudança, padrões e lacunas de conhecimento entre diferentes biomas e espécies
A crise climática tem se manifestado de maneira intensa e devastadora em várias regiões do Brasil. Chuvas torrenciais e inundações no Sul, secas extremas no Norte e Nordeste, e ondas de calor intensas no Sudeste e Centro-Oeste. Diante desse cenário, o papel da ciência e das universidades brasileiras torna-se mais necessário do que nunca.
As universidades e instituições de pesquisa são fundamentais para monitorar e compreender os impactos das mudanças climáticas no Brasil. Por meio de estudos detalhados, essas instituições podem identificar os principais agentes de mudança, padrões e lacunas de conhecimento entre diferentes biomas e espécies. Um exemplo é a pesquisa do Centro de Conhecimento em Biodiversidade, apoiados pelo Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a partir da qual foi elaborado um panorama abrangente dos impactos climáticos sobre a biodiversidade brasileira. Um trabalho essencial para delinear estratégias eficazes de conservação e adaptação às mudanças climáticas.
Os estudos apontam impactos negativos nas mudanças climáticas, especialmente quando combinados com atividades humanas como a fragmentação de habitats, mineração, agricultura e pecuária. Esses efeitos sinérgicos agravam ainda mais a crise socioambiental, destacando a urgência de ações mitigadoras. Diante disso, a missão das universidades vai além da documentação dos impactos. É fundamental que as universidades continuem a desenvolver pesquisas e proponham soluções práticas e políticas públicas eficazes.
Despertar nos estudantes o interesse pelo conhecimento científico e habilidades práticas para enfrentar os desafios climáticos é uma das maneiras mais eficazes de garantir um futuro mais resiliente. Além da pesquisa, as universidades precisam atuar na formação de uma geração de profissionais e cidadãos conscientes das questões climáticas, especialmente observando as diretrizes da Agenda 2030 e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs). A educação ambiental deve ser uma prioridade, integrando-se aos currículos, contribuindo para a promoção de um entendimento aprofundado sobre sustentabilidade e conservação dos ecossistemas.
O poder público também tem um papel indispensável nessa questão. As medidas de adaptação e mitigação precisam ser apoiadas por políticas públicas, que possibilitem a cooperação entre governos, instituições de pesquisa e sociedade civil, essencial para implementar sistemas de alerta precoce, melhorar a gestão de recursos naturais e fortalecer a resiliência das comunidades mais vulneráveis.
Em resumo, investir em pesquisa, educação e políticas públicas baseadas em evidências científicas não é apenas necessário, mas urgente. A ciência e as universidades brasileiras estão na linha de frente do combate às mudanças climáticas. Sua contribuição é primordial para entender, mitigar e adaptar-se aos impactos desse fenômeno global para enfrentar os desafios climáticos e construir um futuro mais sustentável e justo para todos.
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