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O papel das universidades no ecossistema empreendedor brasileiro
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Reitora da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), é graduada em Ciência da Computação, mestrado em Engenharia Elétrica, pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), doutora em Engenharia Elétrica e da Computação, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Pós-Doutorado, no Massachusetts Institute of Technology (MIT/EUA)

O papel das universidades no ecossistema empreendedor brasileiro

O Brasil alcançou a marca de 90 milhões de empreendedores ou potenciais empreendedores. Desse total, 42 milhões de pessoas adultas, entre 18 e 64 anos, já possuíam um negócio ou tomaram medidas em 2023 para abrir um
Tipo Opinião

O empreendedorismo ocupa, cada vez mais, uma posição de destaque na economia brasileira. No ranking mundial, o Brasil está na quinta posição, de acordo com o relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM). Um outro estudo, realizado pelo Sebrae, aponta que em 2022, micro e pequenos empreendedores fizeram circular R$ 35 bilhões por mês na economia brasileira, o que corresponde a R$ 420 bilhões ao ano.

Ao assumir a missão de formar profissionais capacitados para atuar nas diversas profissões, as universidades assumem a responsabilidade de preparar indivíduos para enfrentar os desafios do mercado de trabalho e estimular o espírito empreendedor. No cenário atual, em que a inovação é essencial para o desenvolvimento econômico e social, as universidades precisam desempenhar uma função cada vez mais importante no fomento ao empreendedorismo, criando condições para que novas ideias possam ser transformadas em negócios de sucesso.

Ainda de acordo com estudo realizado pelo Sebrae, em 2023, o Brasil alcançou a marca de 90 milhões de empreendedores ou potenciais empreendedores. Desse total, 42 milhões de pessoas adultas, entre 18 e 64 anos, já possuíam um negócio ou tomaram medidas em 2023 para abrir um. Outros 48 milhões desejam iniciar um empreendimento nos próximos três anos.

Esses números ressaltam a relevância das universidades como impulsionadoras desta atividade. É importante estabelecer padrões elevados de desempenho e, ao mesmo tempo, oferecer recursos necessários para que os estudantes atinjam esses padrões, o que inclui o desenvolvimento de habilidades fundamentais, como a capacidade de inovação, a resiliência diante de adversidades e a disposição para assumir riscos de maneira calculada.

É necessário criar condições reais para que as intenções empreendedoras se concretizem em ações efetivas, como bolsas de fomento ao empreendedorismo, laboratórios, incubadoras de empresas e espaços de coworking que possam criar ambientes propícios para que novas ideias sejam testadas, refinadas e levadas ao mercado. Além disso, o capital intelectual, representado por patentes e pesquisas avançadas, oferece aos futuros empreendedores a base necessária para desenvolver produtos e serviços inovadores.

Outro aspecto fundamental é a conexão das universidades com o ecossistema empreendedor, como agências de fomento, investidores e hubs de inovação. Neste sentido, através de parceria com a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, o Sebrae inaugurou recentemente o primeiro laboratório de inovação em ambiente universitário, localizado no Campus Mossoró da Universidade.

Sendo uma ponte entre o conhecimento acadêmico e o mercado, as universidades facilitam o acesso dos empreendedores a redes que possam oferecer capital, mentoria e parcerias estratégicas. Ao fornecer os recursos, o ambiente e as conexões necessárias, as universidades podem contribuir diretamente para o surgimento de novos negócios e soluções inovadoras para enfrentar os desafios sociais e ambientais do nosso país.

 

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