Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Ceará (2009), mestre (2012) e doutor (2016) em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFC. Apresentando interesse pela Sociologia Política e Ciência Política. Pesquisador do Laboratório de Estudos sobre Política, Eleições e Mídia (Lepem-UFC), atua como palestrante e analista político, colaborando com movimentos sociais, associações e imprensa
Com os dois anos iniciais sem ações de impacto, o atual gestor sofre para encontrar e comunicar uma imagem marca própria da sua administração. Algo que não seja apenas a continuidade dos antecessores. Apesar da ampliação dos investimentos, o índice de desaprovação continua elevado
Foto: Fábio Lima/O POVO
Luizianne Lins, deputada federal e ex-prefeita é entrevistada na rádio O POVO CBN
As eleições municipais se desdobram em uma disputa, nem sempre cordial e transparente, entre grupos, interesses e, claro, visões de mundo. Diante do ilustre eleitor desfilam uma profusão de discursos, projetos e trajetórias. Todos sedentos pela atenção e interação com o público. Para o pleito majoritário, o cidadão é estimulado a escolher a candidatura que se aproxime do que deseja para o município. A ponte que liga políticos e eleitores não é construída com facilidade. A história nos ensina que a vitória está com quem consegue captar as ondas do momento, traduzir as correntes de opinião e produzir uma imagem marca eficiente.
Estabelecer uma marca é vital para os que me almejam alguma competitividade, principalmente, em metrópoles do porte de Fortaleza - com um mar de problemas e particularidades. Foi assim com todos os gestores que obtiveram sucesso nas urnas. Juraci Magalhães conseguiu imprimir a imagem do administrador que toca obras - aquele que faz.
Luizianne Lins articulou muito bem a estética da prefeita da periferia - com ações sociais voltadas para o público socialmente vulnerável. Roberto Cláudio, por sua vez, associou com êxito seu nome à mobilidade urbana. São simplificações produzidas por equipes de comunicações e marketing. Podem ser criticadas em várias frentes, mas funcionaram na arena eleitoral. Talvez essa seja a grande dificuldade enfrentada pelo prefeito Sarto.
Com os dois anos iniciais sem ações de impacto, o atual gestor sofre para encontrar e comunicar uma imagem marca própria da sua administração. Algo que não seja apenas a continuidade dos antecessores. Apesar da ampliação dos investimentos, o índice de desaprovação continua elevado. A batalha não está perdida e Sarto é uma peça muito competitiva nesse xadrez. A máquina pública ainda faz diferença nesse jogo.
O entrave não é vivenciado apenas por Sarto. Até agora, apesar do forte movimento nas redes sociais e eventos constantes com lideranças de bairro e vereadores, nenhum dos pré-candidatos conseguiu desenhar ao menos um esboço de imagem marca junto ao eleitorado. Para concretizar essa estratégia, será preciso compreender as mais diferentes dores cotidianas da capital, buscar ir além do apoio dos padrinhos e formulações de agências de publicidade. Não deixa de ser uma luta contra o tempo.
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