Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Ceará (2009), mestre (2012) e doutor (2016) em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFC. Apresentando interesse pela Sociologia Política e Ciência Política. Pesquisador do Laboratório de Estudos sobre Política, Eleições e Mídia (Lepem-UFC), atua como palestrante e analista político, colaborando com movimentos sociais, associações e imprensa
O entrave cidista é a concorrência com outros grupos que também buscam a ala vip do governo - Eunício Oliveira, Domingos Filho e Chiquinho Feitosa só para citar os mais poderosos
Foto: Reprodução/Instagram
Os irmãos Cid Gomes (senador) Lia Gomes (deputada estadual-CE)
Desde a pré-campanha de 2024 a relação do senador Cid Gomes com a cúpula do Palácio da Abolição vem sofrendo estremecimentos. Não há dúvida da grande liderança representada pelo ex-governador. O problema para a aliança governista é que suas críticas sobre a hegemonia petista se tornaram mais frequentes, levando alguns a acreditarem em uma postulação ao governo. Na verdade, os sinais vão em outra direção.
A intensa participação em um partido da base (PSB) nas eleições de 2024 e a presença de seus liderados entre os secretários, não combinam com o discurso de rompimento. O ex-governador é conhecido por ter, entre os irmãos, o perfil mais pragmático e conciliador. Após o afastamento tático em 2022 e a derrota em Sobral na última eleição, o sobralense procura se reposicionar no tabuleiro político.
Cid Gomes foi protagonista do cenário político cearense por mais de doze anos. Perdeu a proeminência com o crescimento de Camilo Santana. O ministro da educação lidera hoje o bloco governista. Sem dúvida, o ex-prefeito de Sobral quer voltar a ter um acento de destaque na mesa de negociações. Ser ouvido sobre os nomes que vão compor a chapa majoritária e também os que serão apoiados para o Legislativo. Como não há nada fácil na política, para ser visto e voltar a ter influência, Cid amplia as conexões junto aos deputados e conversa até com desafetos do governador — é o caso da reunião que teve com o ex-prefeito Roberto Cláudio. Esses movimentos incluem os irmãos Ivo e Lia Gomes — cada vez mais governistas. O Palácio da Abolição sabe o potencial que teria uma chapa de oposição apoiada por Cid Gomes. A lógica é buscar neutralizar suas angústias e pretensões, controlando o fogo amigo.
O entrave cidista é a concorrência com outros grupos que também buscam a ala vip do governo - Eunício Oliveira, Domingos Filho e Chiquinho Feitosa só para citar os mais poderosos. Em meio ao fogo cruzado, Cid diz que até sua candidatura à reeleição é incerta. Mais um passo tático? Em todo caso, com ou sem mandato, o ex-governador vai buscar influenciar a disputa. Essas jogadas serão aceleradas em 2025 e dependem, principalmente, do desempenho administrativo do governador. Se Elmano de Freitas melhorar seus índices de aprovação, poderá unificar a base e sepultar eventuais aventuras dos aliados. n
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