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Bebê Rena e os viciados em aprovação
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É editor de cultura e entretenimento do O POVO. Sua coluna, publicada todos os dias, trata de economia, política e costumes a partir de personagens em evidência no Ceará, no Brasil e no mundo.

Clóvis Holanda comportamento

Bebê Rena e os viciados em aprovação

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Minissérie
Foto: Netflix/Divulgação Minissérie "Bebê Rena", da Netflix, conta história de humorista perseguido

Viciados em aprovação 

Ela entra num bar, ofegante, ansiosa, e é atendida por um gentil balconista que a oferece, de cortesia, uma xícara de chá. Desse singelo ato surge uma profundíssima relação tóxica que vem mexendo com os espectadores da Netflix no Brasil.  

Desde a estreia, em abril, a série "Bebê Rena" (Baby Reindeer, no original em inglês) ocupa o top 10 da plataforma audiovisual e, mais importante do que isso, motiva declarações entusiasmadas, nas redes sociais e rodas de conversas, de pessoas que se dizem "mexidas", "intrigadas", "desconfortáveis" com a obra. 

Baseada nas experiências vividas pelo protagonista, o ator escocês Richard Gadd (Donny na série), que também assina o (excelente) roteiro, ouso dizer que o seriado enfiou o dedo numa ferida individual, mas disseminada como uma pandemia comportamental da sociedade contemporânea: a necessidade da aprovação, dos aplausos, das massagens de terceiros sobre o próprio ego.

Motivado por esse vácuo afetivo, o tal balconista embarca num relacionamento doentio, mas do qual ele não consegue se desvencilhar. Ao mesmo tempo em que se sente incomodado, perseguido e numa escala crescente de assédios pela personagem Martha (encarnada pela atriz Jessica Gunning), vê-se preso por demandas psicológicas profundas, que remontam a dramas - pesados - e a frustrações acumuladas ao longo da vida. 

Fica impossível, ao espectador, mesmo aos mais desatentos e pouco subjetivos, não relacionar os sentimentos expressados em tela com as sensações e vivências experimentadas em contextos diferentes nas individualidades. Redes sociais, novas relações de trabalho, formas coletivas e publicizadas de aprovação pública, conexões por interesse, a magia do network, influência, poder, sucesso. Tudo está no caldo, profundo, incômodo. 

Talvez décadas atrás, "Bebê Rena" não tivesse promovido tanta identificação com o público e suas carências. 

É um ótimo programa para assistir e, a partir do exposto, "segundar" revendo as reais intenções e os motivos que nos fazem alimentar certas relações nocivas, mas preservadas pelos ocos sentimentais distribuídos no labirinto da mente...

E mais, administrar de forma madura, com um mergulho no autoconhecimento, essa (falsa) necessidade de aprovação dos outros, muito bem tratada num podcast que deu o título dessa coluna. Em "Viciados em Aprovação", a psicóloga Louise Madeira propõe uma reflexão sobre a liberdade contida em não dar a mínima importância para o que os outros pensam sobre nós. Disponível no Spotify, fica a dica.    

Boa semana!    

Jazz Fest

Requisitado criminalista, mas também instrumentista por hobby e grande apreciador dos músicos, Bruno Queiroz organizou caravana de amigos cearenses com destino ao Jazz Fest em New Orleans, tradicional festival já frequentado pelo advogado em anos anteriores. Destaque para as apresentações de Jon Batiste, The Killers, The Beach Boys e Anderson.Paak.

No registro, descontraído e frente palco, Eric Dantas, Isaac Xavier, Livio Parente, Matheus Braga, Waldir Xavier, Bruno Queiroz, Robson Halley, Frederico Campelo e George Leitão.

Fortal: nova fase 

Revelado o novo local de realização do Fortal, após anos transcorrendo nas Dunas, sócios do megaevento seguem nos alinhamentos estruturais para garantir, mais uma vez, uma das realizações de maior impacto na economia e na agenda turística da Capital.

Os detalhes centrais da festa, que agora acontecerá em terreno de cerca de 20 hectares próximo ao Aeroporto Internacional Pinto Martins, foram detalhados em encontro com a press. Nos registros, momento de lançamento da terceira fase do festival, iniciado, décadas atrás, na avenida Beira Mar. 

Ela vem aí! 

Marisa Orth leva "Bárbara" ao palco do Cineteatro São Luiz
Marisa Orth leva "Bárbara" ao palco do Cineteatro São Luiz Crédito: GLOBO/ DIVULGAÇÃO

 A luta contra o alcoolismo como tema central e reflexões profundas em um texto emocionante e cheio de pitadas cômicas. Essa é a premissa de "Bárbara", monólogo que a atriz Marisa Orth apresenta nos dias 10 e 11 de maio, às 20h e às 17h, respectivamente, no Cineteatro São Luiz. 

Inspirado livremente no livro "A Saideira: Uma dose de esperança depois de anos lutando contra a dependência", de Barbara Gancia, o espetáculo faz uso de recursos cênicos e interação com o público, num mix de humor, diálogo direto com a plateia e um trabalho de composição corporal.

Ingressos no Sympla (www.sympla.com.br) ou bilheteria do teatro.

Astral as alturas 

Fernando Costa Targino ganhou brinde surpresa, pelo seu aniversário, em pôr do sol no privilegiadíssimo panorama da Cidade ofertado no restaurante Vistta Rooftop. Quem articulou foi o marido do empresário, o famoso médico oftalmologista Abelardo Targino. Daí, entre drinks e flutes de espumante, ao som de DJ, turma viu a noite chegar fechando, de forma charmosíssima, o feriado do dia 1º. Cirurgião vascular Helmut Vetter, fotógrafo por paixão à imagem, foi quem clicou, com direito a drone. Cenas...  

Brinde

Próximo dia 7 de maio, famoso cabeleireiro Jô Rabelo recebe amigos para celebrar seu aniversário, no bar do Ciço, a partir das 19h, quase em frente ao seu badalado espaço de beleza.Conhecido pelo carisma e simpatia, "coiffeur"é reconhecidopelo trabalho de excelência com destaque para as mechas das bacanas.

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