
É editor de cultura e entretenimento do O POVO. Sua coluna, publicada todos os dias, trata de economia, política e costumes a partir de personagens em evidência no Ceará, no Brasil e no mundo.
É editor de cultura e entretenimento do O POVO. Sua coluna, publicada todos os dias, trata de economia, política e costumes a partir de personagens em evidência no Ceará, no Brasil e no mundo.
Tudo começou com um perrengue chique...
Falo da noite da última sexta-feira, quando o arquiteto Rodrigo Maia reuniu muitos amigos, em seu apê, para comemorar nova idade. Pois bem, cheguei no exato momento em que outros convidados também adentravam o endereço, no Meireles. Todo mundo animado, alguns com drinks prévios na cabeça, decidimos apostar na capacidade máxima do elevador, éramos cinco casais, dez pessoas.
Quilinho a mais ou a menos, a máquina travou e ficamos presos por alguns minutos ali, enquanto o vigilante acionava o motor para nos liberar.
Nessas horas, o tempo passa mais devagar, enquanto tentamos preencher o ocaso com bom humor e leveza. Meu nariz canino sentiu-se como num free shop do Charles de Gaulle, com aquelas promotoras borrifando os lançamentos sobre minhas narinas. "Sentez-le monsieur".
Misturaram-se, no ar, fragrâncias deluxe, numa infusão eau de parfum capaz de despertar até a rinite bem curada do ano passado.
- "Mulher, que coisa, e tu tinha acabado de me dizer que eu estava bem magrinha", brincou uma das presentes, fazendo menção ao peso total do "comboio".
- "Nós estamos, amiga! É porque dez pessoas é gente demais. Não tenho pânico, claustrofobia, nada disso. Minha única preocupação é a make não derreter".
Passado o rápido "elevator time", chegamos à festa. Fashionista por essência, Rodrigo trajava uma camisa de Lino Villaventura, off white, manga longa, feita com as nervuras e bordados do famoso estilista. A calça de alfaiataria era em tecido com o monograma Gucci.
Comecei pela varanda, cumprimentando Régis Vieira e Gisela, em bom papo e drinks com Pedro Freitas e Léa, também à mesa Rodrigo Jereissati, Márcia Peixoto, Miguel Dias Filho e Igor Brito.
Logo ao lado, no ambiente principal do living, papeavam o requisitado criminalista Bruno Queiroz, que me contou do lançamento de seu livro "Crimes Contra o Sistema Financeiro Nacional e o Mercado de Capitais", dia 30, no Renaissance (SP). Estava com esposa Juliana Bastos em brindes - todos no champs - com o casal Cheyla e Isaac Furtado, o famoso cirurgião plástico, com exposição de aplaudidas obras de arte no Iate Clube.
Chegam então a arquiteta Anik Mourão e o marido, empresário de veículos Felipe Neves, sempre ótimas companhias. Ela, inclusive, forma o pequeno clube de mulheres que bebem - mais que charmosamente - uísque. Também são adeptas dos maltes Marjorie Marshall, de longo grafite com parure de rubis digna do red carpet de Cannes; e a empresária dos tecidos e pensadora da moda Bianca Cipolla, num tubo estruturado em rico tecido, difícil até de definir.
Nessa hora, eu já tinha tomado minhas três ou quatro e caí na besteira de encarar a tela gigante da artista colombiana Adriana Duque, que fez fama internacional ao produzir fotos com olhares profundos de modelos infantis trajadas de roupas de época e fones nos ouvidos. A obra do apê de Rodrigo, com um acervo de arte digno de museu de arte contemporânea, se chama "Joana". De tão enigmático o semblante, algo como uma Monalisa infantil, vez por outra cruzei meu olhar com ela, meio que aguardando uma revelação. Devaneios do álcool...
Tocou "Fugaz", voz de Marina Lima em versão remix, e a sala tinha virado boate, ainda mais com a animação de Patrícia Dias, com maxi-asas rebordadas de uma borboleta atravessando o vestido e Ana Carolina Fontenele, de mini estampado, livre, leve...
DJ Gilvan Magno não errou nenhuma vez, com direito ao hit-chic "Glamour Girl", de Louie Austen - a cara daquela noitada!
Rodeado de amigos estava o jovem empresário das rochas David Silveira (CEO da gigante Granos), assim como o tributarista Sávio Brito, que partiria já no domingo para Sampa, agenda: aniversário da atriz e apresentadora Maísa, para poucos e bons.
Daí para frente foram tantos lances... E ainda teve uma reprodução do milagre nas Bodas de Caná. É que o primeiro champagne, embora excelente, foi trocado na madrugada pelo Veuve Clicquot, que harmonizou em perfeição com o buffet fixo de Lia Freire (Barbra`s).
Rodrigo é um grande anfitrião não apenas pela generosidade, mas pela alegria em receber e festejar. Despedi-me, altas horas, de um aniversariante que parecia ainda estar começando a noite, esbanjando energia e alegria de viver aos 55 anos, idade que ele fez questão de deixar clara.
- "Não tenho problema nenhum com idade, acho isso a maior bobagem".
Anotado!
Antes de sair, semi-à francesa, cometi o crime da gula com uns doces de coco recobertos de chocolate branco, de comer fechando os olhos.
Acordei desejando mais uns para aplacar os sintomas pós-festa, lembrando, ainda, do rosto de Joana, que teve a sorte de ser escolhida para "morar" com quem sabe, muito bem, que a vida precisa ser aproveitada e celebrada, posto que é apenas uma passagem...
Cenas... Mais fotos na coluna de domingo.
Sociedade, política, tendências. Tudo junto com uma pitada de bom humor. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.