É editor de cultura e entretenimento do O POVO. Sua coluna, publicada todos os dias, trata de economia, política e costumes a partir de personagens em evidência no Ceará, no Brasil e no mundo.
É editor de cultura e entretenimento do O POVO. Sua coluna, publicada todos os dias, trata de economia, política e costumes a partir de personagens em evidência no Ceará, no Brasil e no mundo.
As leitoras que foram baixinhas da Xuxa devem lembrar daquela canção da apresentadora que dizia: "Marquei um X, um X, Um X no seu coração/ Pra você nunca me esquecer/ Não vai me esquecer / Juro que não".
Era uma lambadinha, do tempo em que a letra remetia à loira da TV e não a uma disputa jurídica que praticamente paralisou as atenções de um país continental.
Tudo o que se empurra com a barriga, em determinado momento, vem à tona. A semi-informalidade dos bilhões de reais que circulam no mundo dos influenciadores digitais e dos jogos de aposta, fazendo negócios com dinheiro real sob a pecha de virtual e invisíveis, demorou para ser observada, com afinco, pelos órgãos de controle.
Esse imbróglio é materializado, agora, com o caso Deolane Bezerra que, com suas unhas postiças à moda Zé do Caixão, movimentava bilhões de reais sem prestar, segundo as investigações, contas ao fisco.
Enquanto massageava as madeixas com os shampoos patrocinados pelas marcas, a moça também andou, segundo a Polícia Civil de Pernambuco, "lavando" outras cifras com sua performance...
E é aí que entra o tal "X" da questão: o Instagram, para exemplificar um problema que envolve todas as demais redes sociais, reproduz e leva milhões de brasileiros a gastar dinheiro com jogos ilegais e dá voz a personagens midiáticos com forte poder de convencimento.
Esse oráculo digital, atualmente mais poderoso do que qualquer outra força de influência sobre os humanos, não deve satisfação à Justiça? Ou deve seguir, à revelia da nossa Constituição, atuando como uma miragem?
É tão interessante e preocupante a forma como as mensagens e ideais de vida transmitidos pelas redes sociais chegam às pessoas. Na porta do presídio feminino Bom Pastor, fãs da influencer erguem faixas pedindo Justiça e clamando pela soltura da viúva de MC Kevin.
São pessoas que se apegaram de tal maneira com as narrativas de seus "@s" do coração, que não importam os dados da Polícia, as provas, os vídeos, os depoimentos. É como vemos com a Política. A realidade é aquela que se deseja acreditar, num total deslocamento da realidade.
É o emocional esgaçado em seu nível máximo. Se antes a Publicidade envolvia vendendo soluções, produtos e fórmulas de sucesso, as redes sociais funcionam quase como um anexo da personalidade.
Se não tenho como viajar, comer, vestir, luxar, amar, transar, dançar, beber com meu dinheiro e na minha vida normal, nesse cotidiano que julgo como "medíocre", transfiro todos esses desejos, conscientes e inconscientes, para a rotina muito mais envolvente e excitante da influenciadora, mesmo que às custas de crimes - quase - invisíveis.
O "vulcão" dos dólares explodiu. Se as instituições forem puxar o fio, sobra pouco em meio a um cenário de muita ostentação, com os personagens "fantasiados" por grifes do mundo de luxo e suas logomarcas.
O que me impressiona, ainda, são essas insígnias de status e poder investirem, mesmo que na base do troca-troca dos recebidos, nessas personagens que podem promover muitas demandas no espectador e até vender, mas estão distantes anos-luz da real elegância, da ética, da verdade, das virtudes que devem reger uma sociedade que almeja um desejado avanço coletivo.
Bom, pensando bem...
...cada vez mais os mecanismos que regem o mundo têm passado um "X" sobre esses valores, num salve-se quem puder entre o aparente e o verídico. Na vitrine, os ídolos multimidiáticos, a cada dia comprovando que não há santos em nenhum dos núcleos da novela, tudo isso num Brasil que se digitalizou, antes mesmo de se alfabetizar funcionalmente.
Cadê a Xuxa para cantar "Boas Notícias"?
Coitada, deve estar brigando pelo "X" também, temendo virar "Ua".
Florexxxxxxxxxxxx.............
A cearense BYD Carmais, referência em veículos elétricos e híbridos, consolida sua presença no Nordeste com a expansão de sua rede de concessionárias em Fortaleza. A marca, que já abrange o público de Piauí, Natal e Ceará, investe em novas unidades na capital cearense para atender à demanda por carros do segmento.
A nova loja da rede, com inauguração prevista para esse semestre, fica na Avenida Borges de Melo. Em outubro, outra unidade será aberta na Avenida Rogaciano Leite. Além da expansão, a BYD Carmais também investirá na reforma de sua loja matriz, na Av. Barão de Studart, inaugurada há dois anos. O objetivo é oferecer um espaço ainda mais moderno e completo.
No registro, os cabeças do negócio: Leonardo Dall'Olio, diretor Comercial do Grupo Carmais; Júlio Ventura e Rodrigo Ventura, diretores Executivos; e Eduardo Weimar, diretor Operacional do conglomerado. Sucesso!
...E na disputa pelo maior número de aplausos, contados por minutos, um fetiche cultural dos festivais de cinema pelo mundo, saiu-se muito bem, em Veneza, o longa "The Room Next Door", do icônico diretor Pedro Almodóvar. Foram 18 minutos de reverência da plateia, colocando a obra no topo desse ranking que, nem sempre, corresponde aos prêmios e ao sucesso do filme quando entra no circuito comercial.
Na película, Tilda Swinton e Julianne Moore encenam drama sobre a reconexão de amigos durante uma doença terminal, contexto que emocionou o público no evento mais longevo e tradicional da Sétima Arte no mundo. Red carpet: Julianne, trajando um exclusivo Bottega Veneta.
Cearense radicado na Dinamarca, onde vive com o marido europeu Johan Olsson, David Moura do Carmo foi recebido na terra natal com animado almoço na residência de Abelardo Targino e Fernando Targino. Nomes de expressão de vários segmentos foram abraçar o conterrâneo na charmosa e elegante tarde, que se estendeu pela noite, embalada pelo farto menu, banhado de champs e boa música. Cenas...
Advogado criminalista e professor Nestor Santiago esteve em São Paulo como patrocinador e participante do 30º Seminário Internacional do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, maior evento da área na América Latina. No registro, com o respeitado angolano Carlos Feijó, um dos palestrantes, tendo o advogado como mediador da explanação.
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