
É editor de cultura e entretenimento do O POVO. Sua coluna, publicada todos os dias, trata de economia, política e costumes a partir de personagens em evidência no Ceará, no Brasil e no mundo.
É editor de cultura e entretenimento do O POVO. Sua coluna, publicada todos os dias, trata de economia, política e costumes a partir de personagens em evidência no Ceará, no Brasil e no mundo.
Mil lances...
...passaram na minha cabeça quando soube que ontem, 20 de março, foi o Dia Internacional da Felicidade.
A gente vai vivendo e esse termo, felicidade, fica oscilando entre real, imaginário, gigante, como as grandes conquistas profissionais, pequenininho, como um bolo quente caseiro e uma xícara de café às 17 horas de um domingo ou um beijo roubado, escondido, proibido...
O ser humano demanda tanto pela tal felicidade, que esse conceito virou curso de graduação e pós-graduação. Nas faculdades mais renomadas do mundo, dos países ditos avançados, tem gente de várias áreas estudando os mecanismos que levam o ser humano a este clímax emocional, no intuito de trabalhar tais elementos no cotidiano das clínicas, centros de terapia, empresas.
Ah, se desse para adquirir a felicidade via EAD...
Minha terapeuta (espero que ela não seja minha leitora, nunca tive coragem de perguntar) não usa a expressão "feliz" nas nossas tratativas. Na época do Réveillon, sempre deseja um "bom ano novo", nunca "feliz". Talvez após décadas ouvindo os lamentos dos pacientes, ela tenha concluído que a felicidade, como estado permanente, não exista, daí que, imaginar um ano inteiro feliz seja uma construção mental enganosa, uma ilusão consciente mediante os desafios da vida adulta.
Sempre me impressiono quando escuto, de pessoas muito bem sucedidas, grandes herdeiros, figuras que reúnem todos os troféus desejados pelo mundo atual, lamentos sobre a vida, "que luta!". Sem arrodeios, no meu entendimento, é como se a possibilidade de experienciar tudo o que o dinheiro proporciona em termos de prazeres já fosse o suficiente para tais pessoas não terem do que se queixar.
De fato, eles choram. Em um café parisiense, posando de altruísta em Cuba, correndo uma maratona em Budapeste, mas choram...
Por outro lado, também me toca quando lembro do sorriso DIÁRIO de uma auxiliar de serviços gerais responsável pela limpeza de banheiros. Trabalhei num escritório com uma profissional assim, anos atrás. Um dia elogiei o novo corte de cabelo, mais curto, e ela me devolveu com um banho de gratidão e positividade, uma energia de vida ganha, aconteça o que acontecer.
Se decifrar e encontrar a tal felicidade nunca foi tarefa fácil nem para os poetas, o que dirá para os seres comuns em tempos de redes sociais, repleta de felicidade "líquida" (Bauman). Nada nunca será tão perfeito e feliz quanto as vidas representadas nessas telinhas que dominam o mundo. O efeito é tão devastador sobre as autoestimas e perspectivas de vida, que é comum psicólogos, psiquiatras, psicanalistas receitarem aos seus pacientes o afastamento desse reprodutor digital de ilusões.
Mas apesar de tudo e muito mais, o Brasil é mesmo um País humanamente diferenciado...
Diante de todas as nossas questões (e desgraças) não há coração que não se amoleça diante do refrão de "O Que É o Que É?", do Gonzaguinha. É sempre um grito de resistência encher os pulmões e cantar "Viver e não ter a vergonha de ser feliz".
Gosto da parte quando fala da "beleza de ser um eterno aprendiz", acho que a banda toca mais por aí... no vivendo e aprendendo.
Para Érico Veríssimo, a felicidade seria "a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente".
Na visão de Carlos Drummond de Andrade, "Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade".
Arthur Schopenhauer defende que "A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças, do que nos nossos bolsos".
William Shakespeare sendo ele: "É muito melhor viver sem felicidade do que sem amor".
Já Adélia Prado, na pegada do egocentrismo contemporâneo: "Não tenho tempo para mais nada, ser feliz me consome muito".
E você, o que me diria?
Sobre ontem, desejo a vocês, atrasadinho, um "Bom Dia Internacional da Felicidade".
Flores...
Olha que bacana a coleção de ovos de Páscoa da premiada cearense Moa. Empresária Giovanna Mondardo, fundadora da marca, denominou "Raízes do Brasil" a temporada mais doce do ano. Tudo a ver. Na Moa, os chocolates são feitos com grãos de cacau amazônico e combinados com ingredientes de diferentes regiões como o cupuaçu, castanha de caju, noz-pecã do Sul, e por aí vai... Ponto de charme: a embalagem. São cestas de palha de carnaúba que vieram de artesãs do Juazeiro do Norte.
Super em alta, na Netflix, a série "Adolescência", estrelada pelo jovem Owen Cooper (foto), que vive o drama do personagem Jamie Miller, acusado de assassinar uma colega de escola. Para além da trama em si, bastante envolvente, a obra é um alerta, a pais e educadores, sobre a educação e o acompanhamento de crianças e jovens atualmente. Analisando a mensagem da série, o psicólogo e psicanalista Fernando Lino escreveu:
"A Internet desmaterializou espaços antes regulados pela presença humana. Pais, educadores, instituições: o Outro encarnado que orientava o desenvolvimento psíquico agora compete com algoritmos, algo que se impõe como um sintoma de um campo sem fronteiras éticas ou emocionais".
CDL Jovem de Fortaleza reuniu seus associados em mais um de seus almoços empresariais, dessa vez tendo como convidado especial e palestrante, o fundador da marca Homem do Sapato, Jhonatan Rêgo. Com sua simplicidade, empreendedor contou a saga de quem saiu de vendedor de loja a dono de uma das marcas mais bem sucedidas em calçados masculinos do Brasil, calçando homens de todos os estilos e idades, além de famosos que, vira e mexe, surgem nos palcos e nas telas com modelos da grife. Registros... Mais fotos em @pauseopovo
Empresárias Karol Roger e Rinna Arruda abriram as portas da Ahau, clube de praia que se consagra como a novidade na Praia do Futuro. É o segundo negócio das sócias, que também comandam o Radar Pub, balada-point de jovens no Meireles. Tim-tim!
Advogado Hélio Leitão foi orador na missa pelos 65 anos do Colégio Santo Inácio, representando estudantes egressos da tradicional escola.
Coopeuro, cooperativa de trabalho médico, empossou diretoria executiva (2025-2027). Pedro Filgueira é o presidente reeleito, Thiago Martins fica como superintendente e Ítalo Sampaio no cargo de administrativo-financeiro da entidade.
Quantos jovens precisarão ainda morrer para que os conselhos Estaduais e o Federal de Medicina passem a regulamentar e a fiscalizar, com critérios científicos e responsabilidade social, a prescrição, nos consultórios de nutrólogos, das terapias de reposição hormonal para fins estéticos?
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