
É editor de cultura e entretenimento do O POVO. Sua coluna, publicada todos os dias, trata de economia, política e costumes a partir de personagens em evidência no Ceará, no Brasil e no mundo.
É editor de cultura e entretenimento do O POVO. Sua coluna, publicada todos os dias, trata de economia, política e costumes a partir de personagens em evidência no Ceará, no Brasil e no mundo.
Era véspera de feriado...
...e as pessoas no supermercado todas correndo contra o tempo - sempre. Cerveja, alternativas possíveis à ausente picanha, o refri de lei, uma cachacinha...
Eu nem estava com essas expectativas todas, já que ontem trabalhei, mas fui garantir alguns "dropies" de prazer. Uns chocolates, queijos, a parte básica da geladeira, que não vale citar, e uma garrafa de vinho branco para o fim do dia, talvez....
Passa por mim uma figura impossível de não observar. Quase uma entidade, um orixá, uma santa, sei lá...
Cabelos brancos à la Maria Bethânia, um vestidão longo estampado com cara de ter sido comprado na feirinha Chatuchak, da Tailândia, ou Mapusa, na Índia. Muitas pulseiras étnicas, algumas meio enferrujadas, tinham histórias para contar.
Nos pés, uma sandalinha de couro cru, vibe Cariri sem o preço de Espedito Seleiro. Com meu nariz de cachorro, senti um cheiro que misturava erva doce, cravos, um lance bem herbal, feito à mão, seria um chá criado pelo fundador da aromaterapia?
Impossível não perceber que não usava sutiã, estava leve, livre de julgamento, terapeutizada.
Olhei para o carrinho e havia uma floresta com todas as frutas, verduras, legumes, tudo solto, sem aqueles sacos que se usa para pesar.
Nossa, era quase uma fada guardiã das matas, uma gnomo em forma de gente, seria uma alma querendo contato comigo?
Óbvio que não tinha carne nas escolhas, aliás, no rosto dela já estava praticamente escrito: "vegana desde adolescente, salvem os animais, salvem o planeta".
Fomos nos encaminhando para o caixa coincidentemente na mesma direção e fiquei atrás da figura, que não me olhou nem por um instante.
Enquanto observava o meu carrinho, cheio de Coca Zero, doces, sucos de caixa para as crianças, biscoitos recheados e o vinho, foi impossível não perceber o rabanete melancia, o pepino africano, espinafre, nabo, chicória, endívia...
...batata inglesa, cenoura e chuchu, amores, são lances de iniciantes.
Atendentes chegavam com as caixas de papelão para ela arrumar os vegetais, frutas e grãos e fui me sentindo péssimo, intoxicado, com veias entupidas, cheio de radicais livres causando queda de cabelo, rugas, palpitações...
Sem falar que eu estava com o estresse acumulado, costas tensas, mãos rígidas... expressões adultas na contemporaneidade. Já ela... plena, flutuando, em paz consigo e com o espírito do cosmo, nada abalaria aquela serenidade. Uma pessoa dessas nunca abriu um Instagram na vida, um X, um Whatsapp... pensei, imaginando a casa, provavelmente um sítio, na região Metropolitana, e ela estava ali só complementando o que não consegue colher no quintal de casa, cheio de bananeiras, pomares, pés de pimentas... ao som de pássaros.
O silêncio da guru, com a voz baixinha e o suave sorriso de quem já meditou, fez yoga e biodança e caminha com todos os chackras alinhados foi quebrado com o seguinte pedido:
- Ah, ia esquecendo, quem pode pegar três carteiras de Lucky Strike mentolado naquele armário para mim?
Ufa. Ela também é humana! E cada um que lute com seus vícios e veneninhos, estou mentindo? Só mudam a modalidade e o endereço...
Chegou minha vez, agora com a integridade completamente restabelecida mediante a revelação da imperfeição. Dirijo-me à atendente:
- Moça, só um instante, vou ali pegar mais uma garrafa de vinho e outra Coca Zero antes de fechar.
Flores.... só as de plástico não morrem.
Marcando o retorno aos palcos de Manuela Bacelar, atriz, advogada e vice-presidente da Fundação Edson Queiroz, e a estreia do juiz do Trabalho e professor universitário Rafael Xerez no teatro, grupo Comédia Cearense apresenta neste sábado, 3 de maio, o clássico "O Beijo no Asfalto", de Nelson Rodrigues.
A montagem, que segue em cartaz também nos sábados 10, 24 e 31, sempre às 20h, no Teatro Nadir Papi Saboya (Colégio Farias Brito), é baseada num texto escrito em 1960 pelo icônico escritor de "A Vida Como Ela É...", série de contos popularizado em série, nos anos 2000, pela TV Globo.
Trama e diálogos permanecem mais atuais do que nunca. Machismo, moralismo, manipulação midiática, homofobia e abuso de autoridade são alguns dos temas trabalhados por Nelson Rodrigues na obra.
Também no elenco (todos juntos na foto), sob direção de Hiroldo Serra com trilha sonora e piano por Ricardo Bacelar, Márcia Sucupira, Roberto Reial, Ildo Mota, Luís Costa, Amenhotep Rodrigues, Natali Lima, Érica Cardoso e Paulo César Cândido, numa promessa de interpretação intensa e visceral, bem rodrigueanamente falando...
Com 42 anos de carreira e detentora do título de Rainha do Forró, cantora Eliane é a entrevistada do programa Pause desta sexta-feira, com transmissão simultânea, a partir das 16h, no Youtube do O POVO, no facebook e no instagram do @opovonline e exibição às 19h na TV O POVO, canal aberto 48,2.
À mesa comigo, artista relembra momentos marcantes da carreira, fala da influência do sertanejo em grandes festas populares do País, como o São João de Campina Grande, explica as razões pelas quais decidiu, desde quando começou nos palcos, a preservar a vida pessoal e a não se envolver em polêmicas, antecipa trabalhos futuros, como o lançamento da segunda parte do DVD celebrativo pelos 40 anos de música, gravado em João Pessoa, dentre outros assuntos.
Voz de canções eternizadas em várias gerações, cantora vive momento de alta no TikTok com a viralização de vídeos ao som de "Pode Me Torturar", música gravada em 1985 e que caiu no gosto dos usuários da plataforma. Ela brilha!
Empresário da educação, reconhecido nacionalmente pelo empreendedorismo aliado à inovação em sistemas e materiais pedagógicos, Ari de Sá Neto lançou na sexta-feira, 25, a pedra fundamental da Ways Bilingual School, franquia de escola do grupo Arco Educação e a primeira unidade da rede no Nordeste. Projeto ganha mais força com as irmãs e franqueadas Manoela e Marcela Abreu, educadoras reconhecidas por sua sólida trajetória na educação básica e na gestão escolar. Instalada no coração do Meireles, a Ways chegou com a proposta de transformar a educação bilíngue e em tempo integral, oferecendo uma formação completa; acadêmica, emocional e global, para crianças e adolescentes. Registros...
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