Jornalista (UFC-CE) e licenciada em Letras (Uece), é doutoranda em Linguística (PPGLin-UFC), mestra em Estudos da Tradução (UFC-CE), especialista em Tradução (Uece) e em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais (Estácio). No O POVO, já atuou como ombudsman, editora de Opinião, de Capa e de Economia, além de ter sido repórter de várias editorias. É revisora e tradutora.
POR CAUSA DA PRONÚNCIA igual entre "haver" e "a ver", ficamos na dúvida em algumas vezes. As duas formas existem. São chamadas de parônimos, porque há uma similaridade na escrita e têm o mesmo som, mas com significados diferentes. A expressão "ter a ver" tem o sentido de ter relação com, corresponder a algo. Exemplos: "Não tenho nada a ver com isso", "A demora teve a ver com o seu atraso". O "haver" é um verbo e, em geral, significa existir. Exemplos: "Sei que vai haver alguma vantagem", "Não deve haver problema".
NADA A HAVER
VALE LEMBRAR que existe a expressão "ter a haver", que expressa a ideia de "ter algo a receber", "ter algo como crédito". É menos usada, sim, mas existe. Exemplos: "Ele tem dinheiro a haver do banco", "Ainda tenho uma verba a haver da multa".
QUANDO EU VIR...
FALANDO EM "VER", não esqueça algumas conjugações desse verbo, que podem provocar equívoco. No futuro do subjuntivo, na 1ª (eu) e na 3ª (ele/ela) pessoas, usa-se vir. Exemplos: "Quando eu vir o professor, vou entregar a atividade" (= quando eu encontrar com o professor), "Se eu vir a porta aberta, eu já entro" (= se eu encontrar a porta aberta).
MAIS VERBOS
E COMO USAR O VERBO VIR?
"Quando ele vier aqui...", "Se eu vier mais cedo...".
Mais alguns exemplos de verbos que podem causar confusão:
Intermediar: Eu intermedeio a reunião.
Maquiar: Eu me maquio todos os dias.
Gerir: Eu giro as despesas da minha casa.
Intervir: Eu intervenho se precisar.
Soar (fazer barulho): Eu soo quando ouço música.
Digerir: Eu digiro muito rápido.
Equivaler: Eu equivalho a uma máquina.
SALVA A DICA!
As provas do Enem ocorrerão no começo de novembro. Aqui, algumas dicas para a prova de redação. Nas colunas passadas, abordamos noções do texto dissertativo-argumentativo, os cuidados para não obter nota zero e as Competências 1, 2 e 3.
1. A PROVA DE REDAÇÃO do Enem é corrigida com base em cinco competências. O candidato pode atingir até 200 pontos em cada. Assim, somam-se os 1.000 pontos da prova. A Competência 1 trata do domínio da escrita formal. A Competência 2 trata da compreensão da proposta da redação. E a Competência 3 analisa a seleção, a organização e a interpretação de informações.
2. NA COMPETÊNCIA 4, é avaliado o conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. Ou seja, é o conhecimento acerca dos recursos de coesão para fazer o encadeamento das ideias e a articulação de informações. As ideias precisam estar bem articuladas por meio de parágrafos bem construídos.
3. A COMPETÊNCIA 5 avalia a proposta de intervenção para o problema abordado. O candidato precisa apresentar uma solução respeitando os direitos humanos. É preciso que essa proposta tenha cinco elementos válidos: agente (quem deve fazer?), ação (o que deve ser feito?), modo/meio (como fazer?), efeito/finalidade (qual resultado poderá ser alcançado?) e detalhamento (outra informação para ajudar a detalhar a proposta).
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