
Danilo Fontenelle Sampaio é formado em Direito pela UFC, mestre em Direito pela mesma Universidade e doutor em Direito pela PUC/SP. É professor universitário, juiz federal da 11ª vara e escritor de livros jurídicos e infanto-juvenis
Danilo Fontenelle Sampaio é formado em Direito pela UFC, mestre em Direito pela mesma Universidade e doutor em Direito pela PUC/SP. É professor universitário, juiz federal da 11ª vara e escritor de livros jurídicos e infanto-juvenis
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Creio que todos possuímos, em nossas lembranças, as memórias das escolas e faculdades que moldaram não só nossos conhecimentos, mas também nossas essências. A rigor, são mais do que instituições de ensino; são lares temporários que abrigam nossos sonhos e primeiros passos rumo à vida adulta.
Quem não se lembra das primeiras amizades, aquelas que nascem no recreio, regadas a confidências e risadas? O erro no cálculo ensina humildade, a vitória na competição de ciências reforça a autoconfiança, e a poesia declamada no sarau revela talentos ocultos. As escolas são berços de esperanças, onde a imaginação é estimulada a voar.
Na faculdade, a liberdade se transforma em responsabilidade. As aulas, mais profundas e complexas, desafiam o pensamento crítico. Os corredores guardam conversas filosóficas, debates acalorados e, claro, histórias de amores e desilusões.
Além de fornecerem formação profissional, as faculdades são cenários de crescimento pessoal. As noites em claro preparando trabalhos, os seminários que nos forçam a enfrentar o medo de falar em público, e os estágios que nos colocam frente a frente com o mundo real indicam que nessas instituições aprendemos mais do que as disciplinas formais. Cada experiência contribui para a formação de nossa identidade.
O que torna esses lugares realmente especiais são as pessoas que encontramos pelo caminho. Professores que se tornam mentores, colegas que se transformam em amigos para a vida toda, e funcionários cuja dedicação diária passa despercebida, mas é fundamental para o funcionamento do todo. Cada interação, cada olhar, cada palavra dita ou ouvida adiciona uma nova camada à nossa memória afetiva, formando uma teia invisível que conecta nossos corações.
Em um mundo em constante mudança, onde as relações se tornam cada vez mais virtuais, a importância desses espaços físicos se destaca ainda mais. Eles são ancoradouros de nossas histórias, testemunhas silenciosas de nossa jornada pessoal e coletiva. Isso supera em muito qualquer projeto dito inovador ou moderninho, que apresenta muita imagem e pouco conteúdo. Há coisas na vida em que o barato realmente sai muito caro.
Há 22 anos fui convidado a ser professor do curso de Direito da então Fa7. Naquela época, era apenas um sonho da família Soarez, que foi habilmente concretizado sob a direção de nossa eterna coordenadora, Maria Vital. Ela, com sua habilidade única, passou mais de duas décadas selecionando, formando e incentivando professores e alunos com sinceridade, empatia e compreensão.
Desde o começo, Maria construiu uma comunidade baseada na confiança e na crença em um projeto educacional diferenciado. A Fa7 evoluiu, se transformou em Uni7 e alcançou reconhecimento nacional, com publicações de destaque e a inauguração do primeiro mestrado em direito privado da região.
Durante essas duas décadas, vi colegas professores seguirem novos caminhos, sempre levando um pedaço da Uni7 em seus corações. Agora, chegou a minha vez de partir. Deixo a 'Uni7 raiz' com um sentimento profundo de gratidão à família Soarez, à Maria e a todos com quem convivi.
Tive o privilégio de interagir com inúmeros alunos, que de uma forma ou de outra, se tornaram meus filhos. Sonhar junto com eles e colaborar para a concretização de seus desejos foi uma experiência inigualável e permanecerá comigo para sempre.
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