Economista, Consultora em Gestão de Negócios, projetos na área do Protagonismo Feminino e Educacao Financeira. Conselheira do Corecon-CE
Economista, Consultora em Gestão de Negócios, projetos na área do Protagonismo Feminino e Educacao Financeira. Conselheira do Corecon-CE
.
No Estado do Ceará temos um grande quantitativo de pessoas em estado de miséria e em situações de pobreza e extrema pobreza que influenciam no processo de cidadania, nos direitos, no sentimento de pertencimento e, consequentemente, na participação de temas constitucionais que devem ser perseguidos pelos governos democráticos em busca do desenvolvimento e inclusão.
Apesar de termos uma melhora da economia nacional, e paralelo a isso, da economia cearense, gerando maiores níveis de renda e emprego, sendo muito importante o papel de retirar as pessoas da pobreza e/ou da extrema pobreza, não podemos deixar de enfatizar a importância dos trabalhadores desempregados serem capacitados e se qualificarem, além de serem beneficiados pelas políticas de transferência de renda.
As políticas de renda mínima são importantes, mas não podem gerar dependência e acomodação. As pessoas não devem trocar o cartão do Programa Bolsa Família pela carteira de trabalho, onde gera para o trabalhador independência e aumenta a sua autoestima.
O Ceará se desenvolveu, porém de forma concentrada, pagando baixos salários e gerando bolsões de pobreza, particularmente na área rural. Nosso Estado foi transformado em um grande polo industrial, o agronegócio atingiu patamares significativos e o setor de serviços foram importantes no crescimento econômico. Mesmo assim, não alcançamos indicadores sociais razoáveis e compatíveis com o potencial de crescimento da região.
O Ceará se destaca pela vanguarda de políticas, pela condução e êxito de empréstimos com agências multilaterais, mas permanece com indicadores sociais menores que o Brasil e com o percentual de pobres e extremamente pobres elevados. Isso tudo oriundo de políticas erráticas, processos inacabados, concentração espacial e de renda. Existem algumas carências de infraestrutura, padrão salarial e deficiência hídrica que remetem a insegurança alimentar e à desigualdade de renda.
Quando se fala em pobreza, não estamos nos referindo apenas a questões financeiras/monetárias. Nos referimos também o acesso à educação, combate a insegurança alimentar grave, desnutrição infantil e políticas de promoção da cidadania que ajudam a reduzir a pobreza.
Os desafios são grandes, mas com uma maior participação popular, maior engajamento das universidades no diagnóstico, no melhor preparo e oferta dos serviços públicos e em tomadas de decisões políticas baseadas em evidências científicas iremos avançar.
Ôpa! Tenho mais informações pra você. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.