Do Pré ao Carnaval, saiba como foram os shows nos dias de folia
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Marcos Sampaio é jornalista e crítico de música. Colecionador de discos, biografias e outros livros falando sobre música e história. Autor da biografia de Fausto Nilo, lançado pela Coleção Terra Bárbara (Ed. Demócrito Rocha) e apresentador do Programa Vida&Arte, na Nova Brasil FM
Foto: Jon/ Divulgação
Mart'nália fez show no primeiro dia do Ciclo Carnavalesco
Martn'ália - 1º de fevereiro
A abertura do Ciclo Carnavalesco foi com samba e pouco público. Mart'nália faz samba com sofisticação e tem muita simpatia. Por aqui, ainda apresentou seu disco mais recente, em que regravou sucessos do pagode anos 1990. Misturou com o próprio repertório, algumas surpresas e o público acompanhou mesmo em "Cabide".
Moacyr Luz talvez fosse o grande desafio da programação de 2025. Apesar dos mais de 45 anos de carreira, ele não é conhecido em Fortaleza, para onde trouxe o seu "Samba do Trabalhador", lendário projeto que apresenta todas as segundas-feiras no Rio de Janeiro. A fórmula é emendar muitos clássicos do samba, aqueles que todos conhecem. Funcionou e ele ainda prestou homenagem à cidade que o recebeu cantando "Mucuripe". Aproveitando o sucesso da reprise de "Tieta", ele ainda cantou "Coração do Agreste", sua parceria com Aldir Blanc gravada por Fafá de Belém para a novela.
Convidar Mariana Aydar para uma festa é garantia de sucesso. Intérprete segura, que combina simpatia e militância no palco, ela fez um set longo com muito samba e forró. O projeto que apresentou chama-se Bloco Forrozin, mas o passeio sonoro é maior e teve axé music, frevo e mais um monte de ritmos. Dona da cena, a paulistana fez o show para o público, que recebeu tudo e agradeceu com muitas palmas.
D2 é um dos artistas mais coerentes da cena pop brasileira atual. Dentro ou fora do Planet Hemp, ele tem discursos coerentes e apresenta isso com força e confiança no palco. O show que ele trouxe para a Praia de Iracema foi o mesmo apresentado em 2024 na Praça Verde do Dragão e segue na mistura de rap com samba que ele faz há 22 anos. Agradou, apesar da sensação de dejá vù.
A Nação Zumbi não lança disco de inéditas há 11 anos - o último disco deles é de regravações. Ainda assim, o que os pernambucanos construíram em 30 anos de carreira rendeu uma legião de fãs que ultrapassa muitas fronteiras. Em Fortaleza, eles apresentaram sucessos de muitas épocas, incluindo arrasa-quarteirões como "Meu maracatu pesa uma tonelada" e "Foi de amor". Teve ainda reverência a Chico Science e um coro de "Sem anistia", a que Jorge du Peixe respondeu com "Anistia é o caralho".
Em Guaramiranga, Fausto Nilo cantou para uma plateia lotada no Festival de Jazz&Blues. No show "Além desse futuro", o cearense ainda contou histórias de seus muitos parceiros. Simpático e recebido com carinho, ele relembrou encontros com Chico Buarque, Sueli Costa e Tom Jobim, entre outros. Acompanhado de Tito Freitas (piano), Mingo Araújo (percussão), Jorge Helder (baixo) e Alex Ramon (violão e guitarra), ele estava à vontade para cantar lindezas como "Amor nas estrelas", "Casa tudo azul" e "Três meninas do Brasil".
O encerramento do Ciclo Carnavalesco de Fortaleza não poderia ser com mais alto astral. Margareth Menezes é um furacão no palco, rodando seu vestido vermelho e cantando com a imponência que os mais de 40 anos de carreira a ensinaram a ter. o repertório foi para cantar junto mesmo, de "Faraó" e "Elegibô" até "Dandalunda". Nem a chuva espantou o público. Ela ainda lembrou de um encontro com Belchior e apresentou uma música que o cearense deu a ela para gravar anos atrás.
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