
Sommelier internacional, professor de Gastronomia, mestrando em turismo gastronômico
Sommelier internacional, professor de Gastronomia, mestrando em turismo gastronômico
A Páscoa se aproxima e, com ela, o cheiro bom da tradição começa a invadir as cozinhas brasileiras. É tempo de renovar a fé, reunir a família, trocar afeto — e, claro, sentar à mesa com comida que tem história. Quando a gente fala de Páscoa no Brasil, a lembrança é quase automática: peixe. Mais precisamente, bacalhau. Mas essa tradição de deixar a carne de lado durante a Semana Santa e recorrer ao mar ou aos rios tem raízes profundas. Ela vem do costume cristão de praticar o jejum e a abstinência de carnes vermelhas em sinal de respeito e reflexão.
E por que o peixe? Porque é leve, versátil e simbólico. Na fé cristã, o peixe representa fartura, espiritualidade e também simplicidade. É o alimento dos apóstolos, das primeiras partilhas, virou símbolo de renovação.
Aqui no Nordeste, além do bacalhau — que ganhou o coração do brasileiro mesmo sem nunca ter nadado por aqui —, é comum ver à mesa camarões, arraias, caranguejos e até peixes de rio, como tilápia e tucunaré, adaptando a tradição ao nosso território.
Mas o que faz a diferença, mesmo, é o jeito de fazer. A cozinha de Páscoa é mais do que seguir regra — é memória, é afeto, é prato cheio de história. Deixo receita para vocês!
Bacalhau à Brás (tradicional português)
Sirva imediatamente, com uma salada verde levemente ácida para equilibrar a untuosidade do prato. Um vinho branco leve, como um Arinto ou Vinho Verde, harmoniza lindamente.
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