
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
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O mundo teme uma escalada da guerra entre Israel e Irã, cujo impacto pode ser catastrófico. Há um esforço diplomático do G7 (grupo formado por Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália e Japão) para evitar consequências maiores do conflito, mas, nos últimos dias, as respostas militares vêm sendo dadas por ambos os lados, ampliando as possibilidades de uma guerra de larga escala no Oriente Médio e de uma crise econômica sem precedentes.
Na sexta-feira, o mundo tomou conhecimento de uma possível resposta israelense ao ataque iraniano realizado no dia 13 de abril. Explosões no bairro de Qahjavarestan, na cidade de Isfahan, de 2,2 milhões de habitantes, abalaram a região central do Irã. Autoridades iranianas confirmaram que três drones foram interceptados, mas inicialmente trataram a ação sem grande repercussão. Outro susto foi identificado também na sexta-feira, em Paris, quando um homem invadiu a embaixada do Irã, afirmando carregar explosivos. A situação foi contornada rapidamente pela polícia francesa, mas gerou um sinal de alerta sobre os riscos e as proporções do conflito dentro e fora do Oriente Médio.
Há o temor de mais ataques. Na percepção de analistas, tem ocorrido uma sondagem de território e, até agora, uma "calibragem" na força e dos alvos bélicos, mas os arsenais de ambos os lados possuem grande capacidade destruidora, colocando vários países e a rede de alianças internacionais em risco.
Vale lembrar que os ataques do Irã a Israel no dia 13, com aproximadamente 300 drones e mísseis, representavam uma retaliação aos bombardeios do Consulado iraniano na Síria, no começo de abril. O prédio foi atacado, ocasionando a morte de 16 pessoas, incluindo dois integrantes do alto escalão militar do Irã. Na resposta israelense ocorrida na sexta-feira não houve aviso, reforçando os sinais sobre os riscos da escalada de uma nova guerra.
Representantes dos membros do G7 estão empenhados no esforço de conter o conflito. Os Estados Unidos têm uma história de hostilidades com o Irã e de parceria com Israel, mas uma nova guerra seria desastrosa para o presidente norte-americano, Joe Biden, que tenta a sua reeleição.
A economia mundial, que ainda se recupera dos prejuízos da pandemia de Covid-19, sofreria danos incalculáveis no caso de uma escalada global do conflito, na opinião de especialistas. Alguns efeitos já são sentidos, com as oscilações dos preços do barril de petróleo e do dólar. Há especulações apontando para o preço do barril do petróleo acima de US$ 150, no caso de um novo dimensionamento da crise entre Irã e Israel, o que seria suficiente para a geração de pânico entre europeus, com a elevação da inflação no mundo.
Diante disso, países do mundo inteiro pedem moderação e bom senso para evitar uma situação na qual os prejuízos poderiam se alastrar de forma rápida. Este é o momento em que o esforço diplomático deve ser fortalecido ao máximo, a fim de se evitar o caos de uma guerra. n
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