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Pela liberdade de imprensa sempre
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Editorial opinião

Pela liberdade de imprensa sempre

O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, lembrado a cada 3 de maio, foi criado em 1993, a partir de uma decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas. A data é valorosa para refletirmos acerca de todos os valores inegociáveis que regem a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa e o trabalho do jornalismo
Tipo Opinião

O Brasil está no 82º lugar no ranking de liberdade de imprensa, dos 180 países citados em levantamento da organização não governamental (ONG) Repórteres Sem Fronteiras (RSF). Assim, o País subiu dez posições no ranqueamento, chegando à melhor colocação nos últimos dez anos. O dado, publicado nesses dias, chama a atenção para o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, data que é celebrada neste mês de maio.

Isso é considerado um parâmetro relevante para a democracia, visto que casos de censura, em que jornais e jornalistas têm matérias apagadas ou impedidas de serem veiculadas, vão de encontro aos valores da comunicação e ao direito da sociedade de ser informada. É preciso ressaltar que a liberdade de imprensa dialoga com os direitos humanos. É princípio basilar para a democracia e a promoção da justiça. Não à toa, o público recorre aos veículos de comunicação para embasarem suas opiniões, terem acesso a reflexões críticas e serem informados com a verdade.

Em relação à pesquisa divulgada pela ONG Repórteres sem Fronteiras, o Brasil recuperou, ao todo, 28 posições, desde o último relatório divulgado. A coleta do levantamento foi feita nos meses de dezembro e janeiro a partir de 120 perguntas traduzidas em 26 idiomas com milhares de entrevistados. O ranking é publicado anualmente desde 2002 e é feito a partir de índices que consideram questões políticas, sociais e diferentes ordens econômicas.

É uma subida importante, diante das circunstâncias políticas que foram vividas nos últimos anos. O reconhecimento do trabalho da imprensa, a valorização do jornalismo como fonte de informação com verdade e o respeito ao trabalho do jornalista são fatores que, indubitavelmente, contribuem para a melhoria do acesso à informação, da transparência pública e do cenário de liberdade do trabalho. É preciso lembrar, no entanto, que o Brasil é o segundo país da América Latina com o maior número de jornalistas assassinados, além de uma gama de violências ainda muito presentes, como perseguições, assédio, agressões e ameaças. Promover um ambiente mais harmonioso e respeitável para o jornalista também é garantia de promoção da liberdade de imprensa.

O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, lembrado a cada 3 de maio, foi criado em 1993, a partir de uma decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas. A data é valorosa para refletirmos acerca de todos os valores inegociáveis que regem a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa e o trabalho do jornalismo. Não pode, no entanto, ser apenas mais uma data. Precisa ser também de críticas e de lutas por respeito.

O jornalismo deve resistir à censura e combater a desinformação. Deve defender os princípios de qualidade e a verdade. E deve se preocupar em ser sempre o mediador dos anseios da sociedade. Em muitos casos, é o único porta-voz de que dispõe o público. Por isso, a necessidade de uma imprensa sempre livre.

 

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