
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
A 23ª edição da Parada Pela Diversidade Sexual no Ceará será realizada hoje, em Fortaleza. O evento, que ocorre anualmente, desde 1999, organizado pelo Grupo de Resistência Asa Branca (Grab), conta com apoio da Prefeitura e do governo do Estado. A manifestação de Fortaleza é a segunda maior do Brasil, ficando atrás apenas da realizada na cidade de São Paulo. A previsão dos organizadores da parada cearense é de um público entre 800 mil e um milhão de pessoas na avenida Beira Mar. O tema deste ano é "Radicalizar para existir, votar para ocupar", com o objetivo de mostrar a importância da representatividade LGBTQIA no Congresso Nacional e outros espaços de poder.
Segundo a organização VoteLGBT, cerca de 300 pessoas da comunidade candidataram-se em 2022. Desse total, estudo da Aliança Nacional LGBTQIA mostra que 20 candidatos da comunidade foram eleitos, estando agora no exercício do mandato. Pelas contas da Aliança Nacional, são 13 deputados estaduais, um deputado distrital, cinco deputados federais, uma governadora e um governador. Respectivamente, Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte, e Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul.
E, fato inédito, a Câmara dos Deputados passou a ter duas parlamentares transexuais: Duda Salabert (PDT-MG) e Erika Hilton (Psol-SP), que compõem a primeira bancada trans na história do Congresso Nacional. Também foram eleitas para as assembleias legislativas estaduais as candidatas trans Dani Balbi (PCdoB-RJ) e Linda Brasil (Psol-SE).
Em todo o mundo há poucos gays e lésbicas assumidos ocupando cargos públicos relevantes. Segundo o jornal O Globo, atualmente três homossexuais, todos europeus, ocupam o posto de primeiro-ministro, o chefe de governo em países parlamentaristas: Xavier Bettel (Luxemburgo), Leo Varadkar (Irlanda) e Ana Brnabi? (Sérvia). Quanto a chefes de Estado, são apenas dois: Paolo Rondelli (San Marino) e Edgars Rinkevics (Letônia), que ainda vai assumir o cargo.
As dificuldades, o preconceito e a violência que as pessoas LGBT sofrem no espaço político, repetem-se em todos os aspectos da vida social e familiar e no ambiente de trabalho. É possível contar nos dedos, se tanto, o número de pessoas abertamente gays, lésbicas, bissexuais ou trans, ocupando cargos de liderança ou destaque em qualquer organização, seja pública ou privada.
Por isso, enquanto essa situação continuar, será preciso insistir com Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA , um combate para eliminar a discriminação e os estereótipos, de modo que a diversidade seja vista como uma característica intrínseca e positiva da humanidade, como de fato é, sem a qual será impossível construir uma sociedade mais justa, igualitária e inclusiva. n
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