
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, do Partido Democrata, desistiu da sua candidatura à Casa Branca. As pressões sobre as capacidades físicas e cognitivas de Biden não são de hoje. No entanto, a campanha presidencial que o colocou novamente em duelo com o republicano Donald Trump tornou quase insustentável a situação do candidato democrata.
Seus lapsos de memória em eventos recentes; o que pareceu ser um apagão durante a participação no encontro do G-7 na Itália, em junho último, quando precisou ser conduzido para fazer a foto oficial como as autoridades e o vexame durante o debate com Donald Trump, no final de junho, formaram uma espécie de tsunami sobre a candidatura de Joe Biden. Muitos dos seus apoiadores passaram a se recusar a lhe dar aval para um novo mandato, sem contar a suspensão de doações à campanha democrata.
Biden, ex-vice-presidente dos Estados Unidos durante o governo de Barack Obama enfrentou seu maior desafio político ao disputar e vencer o então presidente republicano Donald Trump em 2020, numa campanha marcada por uma polarização intensa. Sua posse aconteceu 14 dias após a invasão do Capitólio por milhares de pessoas que queriam impedir que Biden assumisse como presidente do país. A data de 6 de janeiro de 2021 abalou a democracia americana aos olhos do mundo.
Seu opositor, Donald Trump nunca reconheceu a derrota eleitoral, lutou na justiça contra o resultado das eleições americanas exigindo seguidas contagens de votos e deixou a Casa Branca sem passar a faixa presidencial.
Quatro anos depois, Donald Trump, apesar de acumular processos judiciais em tribunais do país, conseguiu maioria no Partido Republicano para sair candidato à Casa Branca, contra o democrata, protagonizando, mais uma vez, um acirramento de ânimos, principalmente após o atentado sofrido na semana passada.
De acordo com muitos economistas estadunidenses, entre eles Paul Krugman, o democrata Joe Biden realizou grandes feitos durante sua gestão, sendo que a principal delas foi impulsionar a economia americana, além de ampliar o atendimento de saúde à população e conseguir aprovar uma lei de armamentos. Muitos dos apoiadores temiam que a insistência de Biden em se manter candidato, mesmo em desvantagem perante o republicano Trump, comprometesse o legado do presidente democrata.
É elogiável, portanto, a atitude de Joe Biden em reconhecer seus limites frente a um novo mandato como presidente dos Estados Unidos. Sua decisão é histórica e marca profundamente os destinos das eleições para novembro próximo. É digno de nota o endosso que fez à Kamala Harris, sua vice-presidente, como a pessoa que poderá sucedê-lo no partido democrata rumo à Casa Branca.
A segunda fase da campanha presidencial dos Estados Unidos começa agora e se já era marcada por uma profunda polarização, que não cedeu durante a gestão de Biden, tende tornar o processo eleitoral americano ainda mais complexo. Mas, do futuro a História dará conta e dirá que Joe Biden tomou a decisão correta ao admitir, como homem e político, que seria melhor concluir seu trabalho e escrever sua própria história. n
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