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O Brasil rumo à neoindustrialização
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O Brasil rumo à neoindustrialização

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Tipo Opinião

O Marco Legal aprovado pelo Senado que regula a produção do hidrogênio de baixa emissão de carbono, além de estabelecer incentivos fiscais e financeiros para o setor de acordo com a PL 2.308/2023 está à espera da sanção presidencial. A nova Política Nacional do Hidrogênio é uma das principais boas notícias para a economia brasileira, tendo em vista a necessidade urgente de renovação da planta energética do País para a indústria pesada.

Os efeitos da crise climática em muitos países, incluindo o Brasil, que vem enfrentando as consequências das mudanças no clima, com impactos relevantes seja nas secas no Norte do País, como vem acontecendo no Amazonas, ou a devastação causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul há dois meses impõem soluções estratégicas no campo econômico que levem em conta a redução da emissão de gás carbônico na atmosfera.

Em vista disso, o Ceará tem se destacado como um dos estados que vêm promovendo uma expansão na área de atração de negócios ligados ao Hidrogênio Verde. Na última semana, uma das principais empresas que sinalizam a construção de uma planta energética de H2V anunciou a antecipação do investimento a fim de acelerar a viabilidade do projeto. Vale destacar ainda que o Ceará é um dos estados que melhor se posiciona quanto à produção de matérias-primas na produção de energias renováveis.

Na última quinta-feira, em visita ao Ceará, o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Capelli, sustentou a tese de protagonismo por parte do Brasil e do Nordeste nesta nova etapa de transição energética, principalmente quanto às cadeias produtivas verdes com a implantação de parques industriais voltados para o mercado interno.

Para o presidente da ABDI, o País precisa aproveitar a atual posição privilegiada que ocupa para atrair plantas de matriz energética verde. Ele desaconselha que o Brasil se torne apenas um "exportador de sol e vento". Segundo Capelli, o que deve orientar agentes públicos e privados é a construção da neoindustrialização já fincada nas novas diretrizes da economia com baixa emissão de carbono.

Ao falar durante evento no Banco do Nordeste do Brasil, Ricardo Capelli ressaltou que o Ceará tem papel importante nesse processo, afirmando que a Federação das Indústria do Ceará é uma das signatárias do Observatório Nacional da Indústria, que está sendo construído na ABDI. Os estados de Santa Catarina e Paraná compõem até o momento a iniciativa.

Certamente, os novos rumos da economia, que deverá se firmar a partir da neoindustrialização, abrem caminho inédito para que o País possa executar uma política de desenvolvimento levando em conta o meio ambiente e respeitando as novas gerações. O Ceará vem despontando com um parceiro de primeira hora neste movimento de acelerar iniciativas que permitam num tempo breve implementar mudanças importantes nas plantas industriais pesadas substituindo-as por nova matriz energética.

O Marco Legal e sua Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono, além de acelerar os investimentos na área da energia verde, são sinais de bons ventos para o meio ambiente. O Planeta e seus habitantes agradecem. n

 

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