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Ensino público, avanços e desafios
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Ensino público, avanços e desafios

O Ministério da Educação (MEC) divulgou esta semana o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), mostrando que o Ceará atingiu a taxa de 6,6 no período inicial do ensino fundamental, que vai do primeiro ao quinto ano. O resultado representa avanço de 1,2 ponto a mais do que a meta estabelecida para o estado no primeiro ciclo do Ideb (2007-2021). O Ideb é calculado a partir do Censo Escolar e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). O índice varia de zero a 10, e quanto melhor o desempenho dos alunos, e mais alto o número de aprovados, maior é o Ideb.

Comparado a outros estados, o Ceará tem a nota mais alta nos anos iniciais, quando é levado em conta apenas a rede pública. Nos anos finais (6º ao 9º) do ensino fundamental, o Ceará também alcançou a meta estabelecida, ficando com com o maior índice nacional, a mesma taxa do Paraná e de Goiás, em 5,4.

O Ceará tem ainda as 10 melhores escolas públicas do Brasil nos anos iniciais, e 85% de suas crianças alfabetizadas no segundo ano do ensino fundamental. Os dados reforçam o destaque que o Estado dispõe nacionalmente na área da educação.

A meta para o País também foi alcançada, com seis pontos no primeiro período do ensino fundamental (1º ao 5º ano). Nos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º), o Brasil registrou 4,3 pontos, ficando abaixo das metas estabelecidas nessas etapas, que era de 5,5 e 5,2, respectivamente.

Segundo avaliação da ONG Todos pela Educação, a comparação dos resultados do Ideb 2023 com o de 2019 mostra cenários diferentes, a depender do componente analisado do índice. Primeiro, as taxas de aprovação (indicador de rendimento) melhoraram em todas as etapas analisadas, o que a ONG considera uma notícia positiva. Quanto à nota padronizada (indicador de desempenho), que mede a aprendizagem dos estudantes, ela segue em patamares menores do que os observados em 2019, no período pré-pandemia, em todas as etapas.

É de se observar, como reconhece o próprio Ministério da Educação que, mesmo com o destaque de alguns estados, o Brasil superou apenas as metas propostas nos anos iniciais do ensino fundamental. O Ceará, por exemplo, mesmo com as conquistas educacionais obtidas, não conseguiu atingir a meta de 5,2 projetada para o Estado no ensino médio, ficando com 4,3 pontos.

Para melhorar os indicadores do ensino médio, o MEC aposta em programas como o Pé-de-Meia, com o objetivo de evitar a evasão escolar, investindo também em escolas de tempo integral. Outra medida é aumentar o número de Institutos Federais de Educação que, segundo o MEC, apresentaram os melhores índices em relação ao ensino médio regular.

O resultado do Ideb mostra avanços no campo da educação, ao tempo em que revela o tamanho do desafio ainda a ser enfrentado, tanto na educação básica, quanto no ensino médio. n

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