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Um tributo a Sérvulo Esmeraldo
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Editorial opinião

Um tributo a Sérvulo Esmeraldo

O encantamento se encontra com a arte geométrica de Sérvulo Esmeraldo (1929-2017) neste sábado 24 de agosto. Numa celebração memorável ao artista, o Ceará homenageia o homem que colocou o Estado no mapa das artes contemporâneas. A exposição "esse é Sérvulo Esmeraldo", no Crato, cidade natal do artista, será aberta nesta data marcando os 95 anos do escultor, gravador, ilustrador e pintor.

A mostra gratuita reúne 62 obras com destaque para o período cearense do artista. Com a curadoria de Dodora Guimarães, pesquisadora de sua arte e amor de uma vida, a exposição contempla xilogravuras, gravuras em metal, litogravuras, serigrafias, esculturas e outras vertentes da vastidão artística de Sérvulo Esmeraldo. Uma programação tanto admirável quanto imperdível.

A propósito, é Dodora quem qualifica a mostra como um "tributo ao Crato", já que a exposição destaca a importância da cidade de origem de Sérvulo Esmeraldo em sua trajetória artística, onde começou a construir sua obra a partir do "poder da observação".

O POVO publicou no sábado passado, 17, um caderno especial em honra à vida e à obra do multiartista Sérvulo. A edição detalha como as obras mostram a ligação entre o menino inventivo e o escultor com reconhecimento internacional. Não à toa, o pesquisador, escritor e saudoso professor Gilmar de Carvalho classificou: "Sérvulo e o Crato são um. Ele volta sempre, porque nunca saiu de lá". Uma definição forte que atesta uma relação umbilical que nunca foi rompida, mas sempre lembrada pela memória afetiva.

Foi Gilmar quem afirmou no livro catálogo da exposição "A Linha, A Luz, O Crato", relacionando a conexão Sérvulo-Crato: "O Crato do Sérvulo não é um 'retrato na parede'. É uma cidade que se movimenta e se transforma, ao sabor dos ventos, da luz do sol, das cores que se intercambiam e que ele, egoísta, captou para ele e usou em sua obra".

Relembrar Sérvulo é evidenciar os múltiplos encontros que ele proporcionou, que passam pelas linguagens artísticas, pelo Cariri, pela memória e pela contemplação. Ressaltar o legado que ele deixa, e do qual Dodora Guimarães tão amorosamente cuida e divulga, é tarefa social do O POVO a fim de preservar uma parte da cultura que, insistente, resiste
e se renova. n

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